Pandemia, genocídio e memória: o caso brasileiro
Enio Lins www.eniolins.com.br
Ainda sobre a oficialmente extinta pandemia de Covid-19: o
que teria feito um energúmeno como Jair Falso Messias se empenhar tanto em
ajudar ao vírus a matar tanta gente? Apenas para exercitar o “treinamento para
matar” do qual tanto se jacta?
Não faz muito sentido, a não ser se entendida essa
atitude genocida pela vã suposição – do bolsonarismo – de que os pobres, “sem
histórico de atleta”, sem assistência médica adequada, poderiam ser as vítimas
quase exclusivas do vírus assassino.
É-se necessário ir além da mera constatação do
negacionismo nesse caso brasileiro, pois aqui, talvez como em nenhum outro
país, a teoria da negação do fato passou para outro patamar, prático, deixando
de ser uma tese para ser uma prática criminosa.
Qual a motivação mesma para a intensa campanha
nacional, capitaneada pelo maldito Jair, em defesa do coronavírus, a ponto da
negação das vacinas ser acompanhada de intensa afirmação por medicamentos
ineficazes contra o Covid-19?
Jair Genocida foi o líder, o mito dos óbitos em
massa, mas não foi o único a ajudar o Coronavírus e muitos porta-vozes
procuraram se destacar numa longa e obstinada campanha em prol da liberdade de
contaminação e morte pelo Covid-19.
Uma verdadeira onda combinou o menosprezo pela
letalidade do vírus (“gripezinha”) com uma supervalorização de remédios
inadequados como Ivermectina, Cloroquina... isso para o povo, pois esses
comensais da morte jactavam-se de terem o Sírio-Libanês somo salvaguarda.
Muitos acreditavam que o acesso à elite da
assistência médica, a boa alimentação, as melhores condições financeiras –
enfim – possibilitariam a salvação, enquanto quem não dispusesse disso (a
pobreza, em resumo) estaria condenado ao fim.
Teria sido planejada uma “limpeza social”? Várias
declarações de bolsonaristas deixaram essa suposição no ar, como se imaginassem
o Coronavírus como a “solução final” contra a pobreza que “polui” o Brasil dos
homens de bens.
Mas a coisa não aconteceu assim. Os pobres
sobreviveram bravamente a mais essa provação. Como que ressentido com isso, o
genocida-chefe insiste em sua atitude canalha e o episódio do cartão
falsificado é apenas mais uma prova desse desejo de mentir e matar.
Somos do tamanho do que enxergamos https://bit.ly/3Ye45TD
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