Se vês um monte de espumas
José Martí
É o meu verso que vês
Ele é um monte ou talvez
Um leque feito de plumas
Meu verso é como um punhal
Que pelo punho põe flor;
Meu verso é um provedor
De uma água de coral.
Meu verso é de um verde claro
E de um carmim acendido;
Meu verso é um cervo ferido
Que busca no monte amparo.
Meu verso ao valente agrada:
Meu verso, breve e sincero,
É do vigor do aço fero
Com que se funde a espada.
[Ilustração: Mark Rothko]
Leia também: "O baile", poema de Cida Pedrosa https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/08/palavra-de-poeta_18.html

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