Congresso do PCdoB: Lula conclama militância a derrotar extrema direita
“Se eu for candidato não é para disputar é para ganhar. Não temos o direito de permitir que a extrema direita volte a governar este país”, disse o presidente
Iram Alfaia/Vermelho
O presidente Luiz Inácio Lula a Silva disse nesta quinta-feira (16) durante ato político de abertura do 16º Congresso Nacional do PCdoB que se for candidato a reeleição será para vencer e conclamou a militância a derrotar a extrema direita.
“Se eu for candidato não é para disputar é para ganhar. Não temos o direito de permitir que a extrema direita volte a governar este país”, disse o presidente.
O Congresso reuniu mais de mil pessoas entre delegados, dirigentes e 33 delegações estrangeiras de partidos comunistas que lotaram o Auditório Ulysses Guimarães, em Brasília.
O evento ocorrerá até domingo (19) na capital federal onde o Partido vai aprovar projeto de resolução política e eleger a nova direção nacional.
O presidente chegou ao evento acompanhado da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que é a presidenta nacional do PCdoB, mais ministros do governo e dirigentes de outros partidos.
Lula foi recepcionado pelos participantes sob os gritos de “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” e “Um, dois, três, quatro, cinco mil e viva o Partido Comunista do Brasil!”.
O presidente fez longo discurso e cobrou da militância de esquerda uma atuação mais incisiva junto à população e com uma linguagem que seja entendida pelos milhões de brasileiros.
“Não tem democracia sem comida na mesa, sem salário, sem liberdade, sem universidade e sem direitos humanos. A democracia foi derrotada porque deixou de cumprir aquilo que era a razão da sua existência”, afirma.
Lula cobrou autocrítica. “Não é fácil. A extrema direita cresceu tanto no mundo, e os progressistas diminuíram tanto. A gente precisa parar para discutir isso e entender o que deixamos de fazer”, considera.
Disse que ser for candidato novamente é preciso debater e pensar “um país maior”. “Mas um país que o povo seja capaz de compreender o que a gente está propondo para ele. Não pode ser um país que o povo não queira conhecer e não queira construir”, diz.
“Tem de ser um país que as pessoas acreditem que é possível ser construído. E muitas vezes eu acho que a nossa linguagem, o nosso discurso, está muito distante do nível de compreensão de milhões de pessoas que gostariam de nos escutar. Mas a gente muitas vezes não percebe que a linguagem é a melhor forma de expressão que Deus deu para nós”, disse.
O presidente lembrou que nas disputas presidenciais tem levado a melhor, mas isso não se reflete nas bancadas dos partidos aliados na Câmara e no Senado. Por isso, cobrou mais empenho para aumentar o número de parlamentares do PT, PCdoB, PSOL, PSB, PDT e PSD.
“Como é que a gente vai se preparar para que a gente possa ser maioria no Congresso? Para transformações de verdade que nós temos de fazer nesse país. Nesses dias, tentaram aprovar uma PEC na Câmara que protegia uma quadrilha. Uma PEC que dava ao presidente do partido o direito de imunidade”, lamenta Lula.
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