Enfim
os marcianos?
Luciano Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Há uma espécie de sincronia entre as notícias que de vez em quando vejo acerca de recentes descobertas dos astrônomos que estudam nossa galáxia e as aventuras de Flash Gordon, em revista em quadrinhos, que lia na minha infância.
A diferença é que as revistas eu colecionava e
não perdia uma aventura. Já as pesquisas científicas atuais sobre o Universo,
me interessam mas apenas o suficiente para fixar o que me parece essencial. Só.
O essencial, no caso, não é bem o exato
conteúdo da descoberta; é apenas a sensação, que se reforça em meu espírito ,
de que somos mesmo uma minúscula partícula desse infinito mundo ainda pouco
conhecido.
Nossa amada Terra não passa disso, por mais
que nos encante a vida com todo o seu cortejo de emoções, ideias e acontecimentos.
Outro dia anotei que
astrônomos descobriram um sistema com sete planetas semelhantes ao nosso,
situados na órbita de estrela
Trappist-1, na constelação de Aquário, localizada a 40 anos-luz da Terra.
A estrela-anã
tem apenas um décimo da massa do nosso Sol.
Todos com água líquida potencial para a
existência de seres vivos – garante o
astrofísico Michaël Gillon, um dos autores do estudo, publicado na revista Nature.
Mais algumas descobertas dessa natureza,
quem sabe possamos enfim encontrar os tão aguardados marcianos – mesmo que não
habitem Marte.
Aí a ficção cientifica cada vez mais
sofisticada no cinema venha a se fazer real. Com todas as implicações
estratégicas, culturais e filosóficas.
No Brasil dos nossos dias, quando se
pretende ensinar nas escolas o criacionismo, é de imaginar o impacto sobre as
convicções e as atitudes dos arautos do obscurantismo.
Para o novo titular do Itamaraty, por
exemplo - que sustenta a “tese” de que a globalização como a temos hoje e os
impactos das mudanças climáticas sobre a vida dos povos não passam de invencionice
ideológica marxista – certamente esses sete planetas devem ser algum artifício
cubano para colocar em risco a Civilização Ocidental Cristã!
Mas aí já serão outros quinhentos.
[Se comentar, identifique-se]
Nenhum comentário:
Postar um comentário