28 maio 2024

Minha opinião

Entre a tecnologia e a convivência

Luciano Siqueira

 

Ontem, na terceira mesa de debates do ciclo “Desafios Urbanos” - iniciativa conjunta da seção estadual da Fundação Maurício Grabois e do mandato da vereadora Cida Pedrosa (PCdoB-Recife) -, que abordou o tema “A quem servem as novas tecnologias?”, veio à tona a aplicação da tecnologia de ponta no disciplinamento do trânsito e na segurança dos pedestres.

A amiga Alice Alcântara – que participou através do chat do YouTube – manifestou sua inquietação diante do problema.

Guiherme Calheiros, do Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação, e a própria Cida Pedrosa, fizeram considerações teóricas e práticas sobre o assunto, convincentes, esclarecedoras.

O desafio é implementar instrumentos tecnológicos e práticas pedagógicas no ambiente de nossas cidades – o que implica decisão política, recursos financeiros e mobilização social.

O tema tem enorme relevância.

Em maio de 2011, a ONU instituiu a primeira Década de Ação para Segurança no Trânsito, valendo-se de dados da OMS que, já em 2009, registrava 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito e aproximadamente 50 milhões de pessoas com sequelas em 178 países.

No Brasil, pelo décimo ano consecutivo, realiza-se o Maio Amarelo, iniciativa do Observatório Nacional de Segurança Viária, mirando uma complexa e aparentemente difícil cultura de paz na qual pedestres, ciclistas, motoristas e motociclistas ocupem as vias públicas de forma segura e mutuamente respeitosa.

Nada simples.

Inclusive porque a vida nas cidades médias e grandes é marcada por uma espécie de adoecimento emocional e psicológico coletivo, em que a ansiedade e a intolerância se ressaltam.

Tudo a ver com o drama social da terceira década deste século XXI, subproduto das transformações no mundo do trabalho, no modo de vida das pessoas e na crescente exclusão das maiorias populacionais da produção, do consumo e de novas oportunidades.

Portanto, complexa e oportuna bandeira de luta.

Veja: https://www.youtube.com/watch?v=m3IMHhPlFnw//bit.ly/3Ye45TD

Um comentário:

Alice Alcântara disse...

Esse é um tema que vejo com preocupação devido ao elevado número de sinistros, à insegurança decorrente da má educação no trânsito e aos fatores sociais nos quais isso impacta, tais como o menor número de pedestres, ciclistas que NAO sejam entregadores e uma população mais sedentária e com a saúde comprometida.