30 março 2016

Governo 'feminista'

As mulheres e a cidade
Luciano Siqueira, no Blog de Jmildo/portal ne10

Lumi Mae
Na evolução da sociedade humana, a cidade emergiu da simbiose entre a agricultura e a pecuária e o comércio, há mais de dez mil anos, como um passo adiante no processo civilizatório.
Ao longo dos séculos, as cidades cresceram e se tornaram complexas, impulsionadas pelo capitalismo triunfante sobre a formação social imediatamente mais atrasada, o feudalismo.
Hoje, o território urbano, em todo o mundo, faz-se palco de disputa tenaz entre os interesses da maioria dos seus habitantes versus a dinâmica do capital - o capital imobiliário em particular. 
O solo urbano não é ocupado socialmente de modo igualitário.
Ao lado das diferenças de classe, a desigualdade na ocupação e uso do solo se acentua entre homens e mulheres.
Esta é uma das dimensões da luta pela igualdade. Cidades mais humanas implicam, necessariamente, redução da desigualdade e da opressão de gênero.
É o que assinalei hoje, no ato de encerramento do mês dedicado à mulher, a partir do dia 8 de Março.
Ano passado, a Prefeitura do Recife foi agraciada com o Selo Pró-equidade de Gênero e Raça, concedido pelo governo federal e pela ONU Mulheres, em reconhecimento pelos avanços aqui alcançados na luta pela igualdade de gênero na gestão pública mediante ações afirmativas, seja através de medidas adotadas no âmbito interno, seja na formatação e execução de políticas públicas específicas.
Com destaque – como assinala a secretária Elizabeth Godinho - para a própria Lei que criou a Secretaria da Mulher, o Decreto que instituiu o Plano Municipal de Enfrentamento à Violência de Gênero e Contra a Mulher e o Decreto que regulamentou o Programa Maria da Penha vai à Escola. Assim como as campanhas de prevenção da violência, o envolvimento de mulheres de comunidades pela ação reconstruindo cenários, a conjugação de ações interventivas que mostram um resultado bastante significativo para mulheres que tiveram suas vidas salvas.
A atenção à saúde da mulher, considerando suas especificidades – um dever constitucional – no próxima Dia das Mães, em maio, estará em pleno funcionamento o Hospital da Mulher, destinado ao atendimento de alta complexidade para situações de gravidez de alto risco, incluindo um centro de atendimento à vítima de violência.
Motivo de comemoração e de aprofundamento da consciência de nossas responsabilidades.
Não basta realizar a contento políticas públicas de sentido inovador e libertário. É preciso mantê-las, assegurando-lhes continuidade, qualidade e ritmo.
É a compreensão do prefeito Geraldo Julio e dos que o acompanhamos, que nos comprometemos, na peleja eleitoral de 2012, a fazer um governo democrático, de matiz prioritariamente popular, progressista e 'feminista'.

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