No Blog do Renato
A luta contra o golpismo e o combate ao capitalismo,
com a aplicação do Projeto Nacional do Desenvolvimento, foram os temas dos
discursos das principais lideranças comunistas na abertura do Encontro Nacional
– Fortalecer o PCdoB nas Eleições Municipais de 2016, na tarde desta
sexta-feira (11), em Brasília. A presidenta nacional do Partido, Luciana
Santos, foi quem fez a abertura do evento, que reuniu, no auditório Petrônio
Portela, do Senado, militantes e lideranças da legenda de todo o país.
Para Luciana Santos, o evento, que prossegue nos
próximos dois dias, vai servir para preparar os comunistas para os grandes
desafios de 2016 que são a defesa do mandato da Presidenta Dilma e contra o
golpe e a batalha das eleições municipais. “Esse é um encontro importante
porque há dias que valem por anos e nós estamos vivenciando dias decisivos na
história brasileira – o terceiro turno imposto ao povo brasileiro”, avalia a
presidenta do PCdoB.
Luciana destacou que “a gente cresce na crise, porque
não estamos nisso para defender projeto político de partido A ou B, mas porque
temos programas, queremos construir socialismo”. Com palavras de estímulo,
Luciana Santos ressaltou a atuação do movimento de mulheres e da juventude, que
procura barrar qualquer tipo de golpismo.
Ela defendeu a construção de uma frente ampla para
impedir a tentativa de isolamento do nosso campo político, de Dilma Rousseff e
“esta verdadeira caçada a Lula, que representa esse grande projeto
político.”
Luciana Santos fez um curto e entusiasmado discurso,em
que destacou que o PCdoB está pronto e disposto a reagir a todas as iniciativas
arbitrárias – com argumentos, debate de ideias e quando for preciso, como
ocorreu no depoimento do presidente Lula no Aeroporto de Congonhar, em São
Paulo, “fazer correr os ‘coxinhas’”.
“O golpe não passará. Esse é o nosso espírito. Temos que
ter uma grande coalização, um grande pacto político, inclusive com a oposição,
porque qualquer movimento para saída de Dilma é golpe”, concluiu, sendo seguida
pela manifestação que marca os encontros dos comunistas: “Um, dois, três,
quatro, cinco mil/ E viva o Partido Comunista do Brasil.
“Marcas
comunistas de governar”
Em seguida, falou o governador do Maranhão, Flávio
Dino, que reafirmou a disposição “de estarmos firme na defesa da democracia,
linha que nos caracterizou e hoje é atual”. E destacou a atuação do governo do
Maranhão, que tem “as marcas comunistas de governar” e uma aprovação popular de
mais de 60%.
Segundo o governador, “a corrupção maior, abissal,
obscena, é desigualdade social no Brasil e nosso governo combate à
desigualdade”, anunciando a construção de centenas de escolas para substituir
as de taipa e barro e a distribuição de material escolar para um milhão de
crianças a 4 e 17 anos, a bolsa família. E, dirigindo-se aos correligionários,
disse que pretende que eles “se orgulhem dessa experiência governamental.”
Caminhos
do socialismo
O ex-presidente Renato Rabelo, em seu
rico pronunciamento, detalhou a luta pelo socialismo contemporâneo. Relatando
experiência passadas e recorrendo os pensadores clássicos – nacionais e
internacionais – da ideologia socialista, Renato Rabelo destacou o Programa
Socialista do Partido para responder a questão chave que é projeto de
desenvolvimento nacional no caminho de construção do socialismo.
Em sua fala, o dirigente comunista disse que para
financiar o desenvolvimento, nessa época de domínio dos monopólios financeiros,
só é possível com a inversão da lógica rentista predominante em uma nova
concepção desenvolvimentista. O que exige um reforma do sistema financeiro
nacionai fortalecendo o sistema sistema público de financiamento.
O objetivo, segundo Renato, estaria em torno da
formação de um estado crescentemente democrático, com a elevação do nível
político e social dos trabalhadores e da população. O desenvolvimento de uma
economia nacional sob a condução do estado – uma forma de capitalismo de
Estado, permitira a transição para o socialismo.
E, ao finalizar, Renato Rabelo enfatizou que “o
socialismo tem como pressuposto elevar riqueza social, que permita afirmar o
socialismo – diante das massas – como sistema superior ao capitalismo, que
permita transitar do ‘reino das necessidades’ ao ‘reino da abundância”. E
repetiu: “Não há socialismo na pobreza, su efeito seria generalizar a miséria,
retomando o conflito pelas necessidades, característica do capitalismo.”
Eleições
2016
O vice-presidente do Partido, Walter Sorrentino,
também falou na abertura do evento. Ele se concentrou na estratégia do Partido
para as eleições municipais dentro do quadro político atual. Reiterou a
estratégia definida pelo Partido – que tem grande experiência em eleições – que
funciona como norte para tática ampla e flexível que responda as situação que
se formam na correlação de força.
Ele lembrou que as eleições vão ocorrer num clima de
crise política e econômica e terão influência sobre o futuro do país. E
anunciou que, embora em segundo plano, já que a crise ocupa o primeiro plano
dos debates e preocupações do Partido, já foi formado um grupo de trabalho
permanente, que faz reuniões nos estados e procura, em meio as discussões, elementos
básicos para o embate eleitoral.
Sorrentino destacou ainda que, além da crise, existe
um conjunto de intensas e rigorosas mudanças eleitorais que serão debatidas
durante o encontro.
De Brasília, Márcia
Xavier
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