Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
O
clima golpista no País possui três vertentes, a política, a financeira e a
geopolítica, conduzidas por forças retrógradas no País.
As razões estão no mesmo DNA dos
alinhados à economia liberal dependente usada contra presidentes que ousaram
cumprir metas desenvolvimentistas, justiça social, políticas que garantissem os
interesses nacionais. São casos emblemáticos Floriano Peixoto, Getúlio, Juscelino,
Jango.
Daí é possível entender que para
o ataque à democracia, por parte desses grupos subordinados aos interesses
forâneos, não é condição sine qua non a existência de programas de esquerda
para se articularem conspirações com vistas a desestabilizar o país, as
instituições da República, propagar a anomia social.
Esses apologistas da dependência
nacional, sempre mutantes, hoje com viés neo-fascista, raras vezes conquistaram
o poder pelo voto. Mas têm apoio em certos segmentos médios.
Uma base social sensível aos
apelos ditados por intelectuais “formadores da opinião pública” de linhagem
colonizada, que advogam a subalternidade do país à ideia do mercado absoluto,
contra o protagonismo do Brasil no cenário mundial. A matriz do modelo de
mercado total seriam os Estados Unidos.
Mas os EUA jamais abdicaram de
um Estado imenso, forte, poderoso que garanta seus interesses econômicos,
militares, imperiais. É o Estado nação que mais emprega funcionários, possui
estruturas diretas, indiretas sem comparação no mundo.
O golpismo, mais que a crise
capitalista, tem levado o país à quase paralisia econômica e política, com o
apoio da grande mídia, usando como em outras épocas o mesmo mote, o Estado de
Exceção, a ruptura das normas constitucionais.
O Brasil, integrante do Brics,
está incluído há tempos na onda das “primaveras coloridas” monitoradas pelo
Departamento de Estado dos EUA, além das pressões do capital financeiro, que já
consome via serviço da dívida pública quase a metade do Orçamento da União, com
taxas estratosféricas de juros penalizando os serviços públicos, investimentos
em infraestrutura, os Estados da federação.
Assim, urge ampla mobilização em
defesa do legítimo mandato da presidente Dilma, a luta contra a brutal
espoliação do Brasil pelo capital rentista, um projeto nacional de
desenvolvimento estratégico, a defesa da democracia e da nação soberana.
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