Campeões, mas nem tanto
Luciano Siqueira
Vencemos, somos campeões, devemos comemorar. Mesmo sem o entusiasmo de outros tempos.
Luciano Siqueira
Vencemos, somos campeões, devemos comemorar. Mesmo sem o entusiasmo de outros tempos.
Conquista da Copa América revela
menor dependência de Neymar, dizem alguns analistas.
Conclusão precipitada.
Na verdade, esse torneio deixou
muito a desejar do ponto de vista técnico. As principais seleções — Argentina,
Uruguai, Chile, Colômbia e o próprio Brasil — tiveram desempenho apenas
mediano.
A seleção peruana rendeu muito mais
do que esse seria de esperar. Tecnicamente inferior, mereceu chegar à final.
Mesmo vencendo os peruanos duas
vezes, a primeira por um elástico cinco a zero, nossa seleção não jogou nenhuma
partida realmente convincente. O time é muito lerdo quando se trata de
variar a tática do jogo. Burocrático quase.
Além disso, tendo em vista a Copa
do Mundo no Qatar, a vitória de agora acumula quase nada. Tite preferiu não
arriscar uma derrota e apostou suas fichas numa equipe parcialmente
envelhecida.
Deixou-se vencer pela cultura
imediatista que predomina em nosso futebol.
Quanto à suposta dependência de
Neymar, o problema em si já denota a crise tática do nosso futebol. Nenhuma
seleção que se preze pode depender de um jogador, por mais bem dotado
tecnicamente que seja.
Entre os bons jogadores, no ataque
se alternam Gabriel Jesus, Firmino e Everton. Teriam tido melhor desempenho se
Philipe Coutinho estivesse em boa forma. Não está.
Comemoremos título alcançado no
Maracanã, mas sem botar a decadência tática e a falta de planejamento para
debaixo do tapete.
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