31 maio 2019

Risco crescente


Matéria do jornal Extra diz que após cinco anos em queda, o número de mortes por acidente de trabalho voltou a crescer no Brasil. De acordo com dados no Ministério Público do Trabalho (MPT), no ano passado foram registrados 2.022 óbitos, enquanto em 2017, foram computadas 1.992 mortes em ofício. Anteriormente, o último crescimento regsitrado foi entre 2012 e 2013, quando o índice saltou de 2.561 para 2.675. Leia mais https://bit.ly/2WzHL9P

Má fama

— The Economist volta a dizer que Bolsonaro é um presidente “sem noção“.
— Oxente! Essa revista é porta-voz do grande capital financeiro que apostou na eleição dele.
— Pois é, a incompetência do “mito“ corre o mundo...

30 maio 2019

Fato novo que pode desequilibrar

Foto: Pedro Caldas
Juventude nas ruas
Luciano Siqueira

Importa pouco medir o tamanho das manifestações de hoje, promovidas pela UNE e pela UBES e entidades de docentes, em comparação com as do último dia 15. Importa anotar o fato novo na cena política: a juventude toma as ruas.

Num ambiente de corrosão das expectativas (antes majoritariamente positivas) em relação ao governo Bolsonaro, que agora completa cinco meses, este é um fato novo relevante.
Pode contribuir para alterar, gradativamente, a correlação de forças – que emergiu das urnas de outubro adversa ao campo democrático e popular.

O movimento estudantil acumula tradição de luta democrática. Sobretudo do período de superação do Estado Novo, na década de quarenta do século passado, aos dias atuais, passando pela resistência ao regime militar instaurado em 1964.

No curso da História os fenômenos não se repetem com exata feição anterior. Guardam sempre elementos novos.

Os movimentos juvenis de agora ainda estão por revelar seus traços contemporâneos, sintonizados com as condições atuais da luta.

Porém, tudo indica, vieram para permanecer. E poderão assumir uma tendência crescente, ainda que permeado por “dias de luta” mais, ou menos, concorridos.

A bandeira de luta erguida pelos estudantes, a defesa da Educação pública, exibe a um só tempo o status de espontaneamente prioritária aos olhos da maioria do povo e a condição de minar um dos itens da agenda ultraliberal bolsonarista.

O que contem em si mesmo um poder de fogo formidável.

É acompanhar e conferir.

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Coisas do nosso futebol...


Amor, ódio e o novo capitão da seleção brasileira
Existem muitas lendas, mitos e exageros sobre os capitães no futebol brasileiro
Tostão, na Folha de S. Paulo

seleção, com Tite desde as eliminatórias para a Copa de 2018, tem jogado com um trio no meio-campo, formado por um volante e um meio-campista de cada lado, que marcam e atacam. Nas eliminatórias, eram Casemiro, Paulinho e Renato Augusto. No Mundial, entrou Coutinho no lugar de Renato Augusto. Na Copa América, deve ser Arthur ou Allan, Casemiro e Coutinho. Podem chamar de 4-3-3 ou de 4-1-4-1. Não faz diferença.
Coutinho costuma, naturalmente, alternar o desenho tático durante o jogo. Ele avança pelo centro, como um meia ofensivo, e deixa o meio-campo com os dois volantes, Casemiro e Arthur. O time passa a jogar no 4-2-3-1. Neymar pode também atuar pelo meio, revezando com Coutinho, um pela esquerda e outro pelo centro.
Os números servem apenas de referências, para jogadores e técnicos, para a TV exibir o desenho tático antes do jogo e para os comentaristas mostrarem que conhecem bem o assunto. Quando a bola rola, os jogadores não param de correr e, a cada instante, formam um sistema diferente. Alguns analistas, durante as partidas, tentam correr atrás dos jogadores, para descobrir a formação tática do momento.

Se a seleção não for bem e se Neymar não der show, ele e Tite serão duramente criticados. A pressão é grande. Existe, nos programas esportivos diários, um excesso de informações e de opiniões sobre Neymar, da escolha do capitão e de suas atuações até longas discussões sobre suas baranguices fora de campo. Há coisas mais importantes. A seleção não é só Neymar. Existe uma relação de amor e ódio a ele, no momento mais de ódio.
Existem muitas lendas, mitos e exageros sobre os capitães na história do futebol brasileiro. Os grandes times sempre tiveram vários em campo. Na Copa de 1970, Gérson foi o principal. Daniel Alves, escolhido por Tite, sempre foi um dos capitães em campo. Agora, é o oficial, merecidamente. Em campo, Daniel Alves talvez seja o jogador mais lúcido e sóbrio, embora seja excêntrico fora dele.
Enquanto a seleção brasileira treina, continuam outras competições. O Brasileiro está no início, e já começaram a avacalhar a competição. Alguns clubes vendem o mando de campo, os técnicos, por causa de jogos no meio e no fim de semana, em vez de poupar dois ou três jogadores, escalam quase ou todos os reservas, e, ainda, os dirigentes cedem, sem protestar, jogadores importantes às seleções de base, além dos que jogarão a Copa América.
Athletico, mesmo fora, contra o River Plate, pode ser campeão da Recopa Sul-Americana, o que será importante para reforçar sua posição entre os grandes do futebol brasileiro. A equipe paranaense tem a vantagem de um gol.
Pela Copa do Brasil, o Bahia, por jogar em casa, ter a vantagem de um gol e ser bastante organizado, tem ótimas chances de eliminar o São Paulo, uma equipe ainda indefinida. Alexandre Pato continua disperso, perdido, sem saber seu lugar.
Cruzeiro vai muito mal, dentro e fora de campo. São gravíssimas e contundentes as acusações mostradas pela Rede Globo, do ponto de vista contábil, esportivo e criminal. Há muito tempo isso já era conversa de botequim. A Polícia Civil está investigando. Vamos aguardar.
O Cruzeiro, seja com os dois meias, Thiago Neves e Rodriguinho, desde o início, seja com a entrada de mais um volante, no segundo tempo, no lugar de Rodriguinho, não melhora. Não parece ser apenas uma má fase.
[Ilustração: Giersing]
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Tíbio e nefasto


Não há mais dúvida de que a máscara de “mito” que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República atualmente ilude apenas uma parcela cada vez menor da sociedade. A maioria, atestam as pesquisas, já compreende que as promessas feitas na campanha eleitoral se mostraram disparatadas e são desmentidas cotidianamente. A parcela do povo que acreditou em seu discurso se vê às voltas com um retrato desfigurado do governo que imaginava e começa a mudar de atitude. Leia mais https://bit.ly/2wshxHX

Outro rumo


Flávio Dino diz que economia só sairá do chão com outra agenda. A queda do Produto Interno Bruto de 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, foi o primeiro resultado negativo trimestral e deixa a economia do país no chão. Não havia um resultado negativo desde o último trimestre de 2016. “País precisa de menos perseguições ideológicas e mais foco no essencial: retomar investimentos públicos e cortar juros. Só assim haverá impulso aos investimentos privados”, disse o governador diante do fracasso do governo Bolsonaro.Leia mais https://bit.ly/2wrZj9v

Em queda

— Pesquisa XP/Ipespe revela que entre os eleitores que ganham mais de 5 salários mínimos os que acham o governo Bolsonaro ruim e péssimo passou de 22% para 41%. 
— Oxente! Mesmo os ricaços estão ficando contra!? 
— Sim. Arrependimento é um direito de todos.

Falácia

‘Depois de o IBGE anunciar o recuo de 0,2% do PIB no primeiro trimestre, o ministro Paulo Guedes, disse que a reação da economia só virá com a aprovação da reforma da Previdência.’ [Segue tentando fazer o povo de bobo].

Estagnação


Como não tirar o país da crise
Luciano Siqueira

O tema reclama análise mais circunstanciada. Mas os números do IBGE são claros. Os primeiros três meses do governo Bolsonaro têm o desenho de uma economia estagnada.
O PIB caiu 0,2% de janeiro a março, comparado ao 4º trimestre de 2018, o primeiro resultado no vermelho após dois anos (oito trimestres) seguidos de recuperação da atividade, ainda que com desempenho fraco.
O PIB havia crescido 1,1% em 2017 e em 2018, para depois afundar em 7,6% em 2015 e 2016.
Que faz a chamada equipe econômica?
Esperneia na insistência na consigna “mágica” de que o ajuste fiscal é tudo, sem o qual a economia não voltará a decolar.
Política industrial? Nada.
Estímulo a investimentos produtivos? Zero.
Olhos fechados ao fato indiscutível de que sem investimentos estatais pesados em infraestrutura a economia não decola, o emprego não cresce, o consumo permanece decadente e a estagnação reina.
Nenhum país do mundo atesta a eficiência da fórmula ultra liberal, tendo como carro chefe o ajuste das contas públicas.
Os próprios EUA, Meca do bolsonarismo, navega na economia ostentando dívida pública trilionária.
Aqui, a economia não sai do canto e, concomitantemente, se deteriora precocemente a confiança num governo que a todo instante se mostra sem eira nem beira.
Em contraposição, uma das tarefas urgentes da oposição é exibir uma plataforma alternativa à agenda do governo, em torno da qual possam se unir amplas correntes políticas e sociais e se estimular a resistência popular e democrática.
[Ilustração: Wladyslaw Strzeminski]
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É hoje. Vamos?

UNE, UBES e entidades de docentes realizam hoje, em todo o Brasil, manifestações em defesa da educação pública. Um ato de resistência democrática. Estaremos lá.


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29 maio 2019

República da burrice



Bolsonaro comprova desprezo pela ciência e governa por achismo

Presidente rejeita pesquisas e joga no lixo estudos que vão contra suas convicções

Bruno Boghossian, na Folha de S. Paulo

 

Jair Bolsonaro não quer saber de dados e números. “Ao invés de financiar atos e ‘estudos científicos’ dos mesmos de sempre e ONGs, vamos destinar recursos para buscar solucionar os reais problemas do Brasil”, escreveu, no dia 13. Ele queria desdenhar de organizações que brigam pela preservação ambiental, mas acabou revelando o desprezo de seu governo pela ciência.
O presidente e seus ministros preferem basear suas decisões em achismos. Qualquer pesquisa técnica que se choque com suas convicções é rejeitada. Valem mais as teorias da conspiração e a cegueira ideológica de ex-astrólogos e youtubers.
Evidências produzidas pelo próprio governo são tratadas como lixo. Osmar Terra decidiu jogar fora um estudo de R$ 7 milhões sobre drogas feito pela Fiocruz. A pesquisa diz que o consumo no país não pode ser classificado tecnicamente como epidemia. O ministro não gostou.
“Andei nas ruas de Copacabana, e estavam vazias. Se isso não é uma epidemia de violência que tem a ver com as drogas, eu não entendo mais nada”, afirmou ao jornal O Globo. A caminhada do ministro na orla valeu mais que os três anos de pesquisa da Fiocruz, com 16 mil entrevistados.
Outro que deixou de lado o método científico é Augusto Heleno. O jornal Valor Econômico perguntou se o governo tem relatórios que comprovem a tal doutrinação ideológica nas escolas. “Nossa senhora! Tem muita coisa. Só WhatsApp e vídeo no YouTube tem uns 300”, disse. O general é chefe da Abin, mas baseia suas visões em correntes de zap.
Bolsonaro já distorceu dados oficiais do IBGE sobre desemprego, e seu ministro do Meio Ambiente questionou estatísticas do desmatamento. O único alento é que, até agora, o astronauta Marcos Pontes ainda reconhece que a Terra é redonda.
A desordem no governo é tão grande que Bolsonaro precisou escrever uma carta e pedir a assinatura de três ministros para convencer seus aliados a não sabotarem o Planalto.
[Ilustração: Mark Rothko]
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Humor de resistência

Charge de Latuff

Arte é vida

Tereza Costa Rêgo


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Poesia sempre


Limite
Adão Ventura

E quando a palavra
apodrece
num corredor
de sílabas ininteligíveis.

E quando a palavra
mofa
num canto-cárcere
do cansaço diário.

E quando a palavra
assume o fosco
ou o incolor da hipocrisia.
E quando a palavra
é fuga
em sua própria armadilha.

E quando a palavra
é furada
em sua própria efígie.

A palavra
sem vestimenta,
nua,
desincorporada.

[Ilustração: Manabu Mabe]

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Em defesa da Nação


Rogério Cezar de Cerqueira Leite escreve "Carta a um jovem brasileiro"

Em seu texto no jornal Folha de S. Paulo, Rogério Cezar de Cerqueira Leite — físico, professor emérito da Unicamp, membro do Conselho Editorial da Folha e presidente do Conselho de Administração do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) — diz que que gostaria de escrever uma carta sobre poesia, embora sem o talento do alemão Rainer Maria Rilke, sobre a importância da literatura, das artes, do conhecimento; enfim, sobre tudo o que enriquece a humanidade.

Portal Vermelho
“Mas eis que nossos líderes agridem tudo que alicerça a cultura de um povo, tal seja a filosofia, a sociologia, a história”, escreve. “Eu queria escrever-lhe sobre a dádiva da natureza ao brasileiro, sobre as nossas matas, os nossos rios, a nossa fauna e a nossa rica e bela biodiversidade, afirma. “Pois bem, nossos dirigentes não apenas corrompem as providências para amenizar as inexoráveis e trágicas consequências do aquecimento global como também incentivam o desmatamento e a poluição da atmosfera”, complementa.

E prossegue dizendo que queria falar ao jovem brasileiro da dignidade do trabalho e da necessidade de conhecimento para enfrentar a dinâmica implacável do progresso tecnológico. “Entretanto, esse novo governo asfixia nossas universidades com cortes de verbas e obtusa perseguição”, afirma. Diz ainda que queria falar de ciência e tecnologia, da consequente industrialização do nosso país e dos benefícios sociais e econômicos que adviriam de investimentos em pesquisas. “Mas esses nossos governantes continuam a desindustrialização começada nos governos Collor e FHC, cortando recursos para ciência, tecnologia e formação pós-graduada, sem o que não haverá industrialização possível já em futuro próximo”, lamenta.

E segue: “Eu queria escrever-lhe sobre o valor da cidadania, da liberdade, sobre a decência do homem de bem. Porém, “esses arremedos de déspotas” que presidem sobre esta nação liberam a posse de armas, cooptam e protegem milicianos, homenageiam extorsionários e torturadores, estimulam a violência. Eu gostaria de poder falar-lhe sobre nosso país, sobre nossa história, nossa arte, nossos escritores, nossa música, nossas conquistas. Mas não posso. Nosso país se curva aos interesses imperialistas dos EUA.” 

“Eu queria falar-lhe do ideal de justiça, da solidariedade. Contudo, só vejo ostentação, narcisismo. Juízes vivendo em palácios “nababescos”, servidos a lagostas, pagas com o suor do trabalhador brasileiro. O que um juiz do Supremo come de lagosta e bebe de vinho importado, diariamente em uma única refeição, equivale ao que come por mês uma família que vive com salário mínimo. E, ao contrário de suas excelências, o cidadão brasileiro paga por suas refeições. Eu pensava em conversarmos sobre seu futuro, seus sonhos. E olho para nossos congressistas, supostos guardiões da cidadania e de seu porvir. E só ostentam escandalosa cupidez.”

E conclui: “Confesso que eu queria inculcar-lhe, jovem brasileiro, uma certa compulsão por justiça social, um certo interesse pelo próximo e pelo distante, um pouco de civilidade enfim. Mas seria um esforço perdido, tendo em vista a dominação intelectual e ideológica desse governo por um farsante, obsceno e fascista, uma espécie de Rasputin de bordel. Eu gostaria de encontrar alguma palavra de alento para apaziguá-lo. Eu não queria ser cínico ou parecer desalentado, derrotado. Seria talvez bom se eu pudesse fingir, mentir um pouco. Mas não. Só posso pedir-lhe que me perdoe, e a todos aqueles das gerações que precederam a sua, pelo que lhe subtraíram e talvez também pelo que lhe ensinaram.”
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PCdoB + PPL


PCdoB mais forte para defender a democracia
A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, divulgou mensagem saudando a aprovação pelo TSE da incorporação do PPL ao partido ocorrida nesta terça-feira (28), por unanimidade. Para a dirigente comunista, a decisão da justiça eleitoral “simboliza o coroamento de um rico e convergente diálogo político, ideológico e programático entre as direções das duas legendas”, com o objetivo de “somar forças para fortalecer a esquerda e ampliar a frente democrática”.
Portal Vermelho
Leia a íntegra da mensagem:

PCdoB saúda decisão do TSE de aprovar incorporação do PPL

Saudamos, em nome dos comunistas brasileiros, a decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – tomada na sessão plenária da noite deste 28 de maio – que aprovou a averbação da incorporação do Partido Pátria Livre (PPL) ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Enaltecemos a atenção prestada ao processo pelo relator da matéria, ministro Luís Roberto Barroso, e pela presidenta do Tribunal, ministra Rosa Weber. Reconhecimento extensivo aos ministros do TSE e ao representante do Ministério Público Eleitoral.

Esta decisão do TSE simboliza o coroamento de um rico e convergente diálogo político, ideológico e programático entre as direções das duas legendas, cujo início se deu logo após o segundo turno das eleições de 2018. 

As elevadas motivações políticas que desencadearam há sete meses o processo que veio a resultar na incorporação do PPL ao PCdoB se comprovam, plenamente, na data de hoje. Com a vitória da extrema-direita nas eleições de 2018, diante das graves ameaças que se anunciavam contra a Nação e a classe trabalhadora, as direções dos dois partidos concluíram que se impunha integrar nossas legendas, somar forças para fortalecer a esquerda e ampliar a frente democrática. 
A vida comprovou integralmente a justeza dessa leitura política. Transcorridos cinco meses do governo Jair Bolsonaro, o país enfrenta graves retrocessos, arrastando-se de crise em crise. O regime democrático sofre sérias ameaças, a soberania nacional é aviltada, o patrimônio do país é criminosamente posto à venda. Agravaram-se a estagnação da economia e o desemprego. 

Com a incorporação do PPL, gesto de elevado sentido revolucionário, o PCdoB pode, nos termos da lei, superar a antidemocrática cláusula de barreira cujo intuito é banir do parlamento brasileiro as legendas programáticas. Com a dinâmica da integração do Partido Pátria Livre que se realiza em direção à plenitude, em todos os âmbitos, o Partido Comunista do Brasil ganhou significativo reforço por tudo o que representa essa organização revolucionária, por sua tradição de luta, pelo talento e abnegação de seus quadros e militantes.

Partilhamos, então, com o povo, com a classe trabalhadora, com nossos (as) eleitores e eleitoras, este momento de vitória, de grande significado não só para o nosso Partido, mas também para o conjunto das forças progressistas. 

Já se vê, mas progressivamente se verá ainda com mais nitidez, o PCdoB mais forte, na linha de frente de oposição ao governo Bolsonaro; na defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos; e buscando, com o conjunto das forças democráticas, populares e patrióticas, construir alternativas para nosso país.

Brasília, 28 de maio de 2019.

Luciana Santos
Presidenta do Partido Comunista do Brasil-PCdoB
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Recorrência


Messiânicos desastrados
Luciano Siqueira

Nas últimas seis décadas, o Brasil sofreu duros revezes nas mãos de governantes imbuídos de patético messianismo.
Nos anos sessenta, Janio Quadros se elegeu prometendo acabar com a corrupção. Uma vassoura era seu símbolo de campanha.
Final dos anos oitenta, Fernando Collor venceu garantindo que aniquilaria com os "marajás", detentores de altos cargos no serviço público que recebiam salários altos.
Agora, com a promessa de armar os cidadãos de bem e liberar plenamente o aparato policial para matar bandidos ou suspeitos, Jair Bolsonaro se elegeu presidente.
Além da demagogia rasteira, mais similitudes ente os três: incompetência administrativa, envolvimento com mal feitos (em surdina), voluntarismo inconsequente e absoluto desprezo pelos demais poderes da República, o Parlamento e o Judiciário. 
Janio renunciou denunciando a existência de "forças ocultas", que não lhe permitiram governar.
Collor sofreu impeachment em grande parte como resultante da subestimação da necessidade de diálogo entre o Executivo e o Legislativo. 
Há poucos dias, Bolsonaro divulgou pessoalmente texto atribuído a um ex-candidato a vereador no Rio de Janeiro, em que aparece vítima das forças da "velha política", que estariam inviabilizando seu governo.
O que impressiona hoje é que, com tão pouco tempo de governo, a desconfiança se expanda a ritmo acelerado e tome conta, inclusive, de segmentos com os quais o presidente assume seus compromissos fundamentais — como o mercado financeiro.
Nada parece dar certo. Dezenas de decretos se mostram contaminados por inconstitucionalidades. Intenções anunciadas pelo presidente são desmentidas por ministros. A grande mídia se sucede em editorais pondo em dúvida a capacidade do governante. Previsões do PIB vêm sendo refeitas sucessivas vezes, sempre para menos.
Ontem, no Senado, quando da votação da MP da reestruturação do ministério, Bolsonaro chegou a enviar carta para convencer os senadores a aprovar a proposta —fato inusitado, que revela mais uma vez a fragilidade da base parlamentar governista.
Em condições normais, esse apelo, em nome do presidente, caberia ao líder do governo ou ao ministro encarregado da articulação política.
Há que se perguntar: a História se repetirá mais uma vez?
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28 maio 2019

Quem?

— O ministro Sérgio Moro diz que o texto de decreto das armas foi feito pelo Planalto.
— Tirando o dele da seringa?
— Empurrando a incompetência para o presidente.
— Eita angu de caroço!

O prazer da fotografia

Um detalhe de Luanda, Angola (Foto: LS) 
Em qualquer circunstância, luta. Sempre https://bit.ly/30zsWTT

Um mártir da luta pela liberdade



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Juntos na quinta-feira


Nesta quinta-feira. Uma bandeira de luta que é de todos nós.

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Universidades policiadas?


Governo Bolsonaro volta a pedir atuação de policiais dentro das Universidades
Advocacia Geral da União diz que a universidade deve ser livre, “mas sem a prevalência de corrente de pensamento específica”
Jornal GGN
O governo de Jair Bolsonaro insiste na caça ao que chama de “doutrinação” e a liberdade de expressão dentro de Universidades. No ano passado, instituições de ensino de todo o país foram alvos de ações policiais por denúncias de campanhas políticas e o Supremo Tribunal Federal (STF) precisou barrar. Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) volta a pedir a liberação dos policiais dentro das universidades.
Em petição enviada 7 meses após a decisão unânime do Supremo, a AGU, que faz a defesa do governo federal, pede que sejam liberadas as operações de policiais dentro dos campi universitários de todo o país. A medida já havia sido barrada a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, depois que, em pelo menos nove estados brasileiros, policiais fizeram ações para fiscalizar as instituições.
A ministra relatora, Cármen Lúcia, também defendeu a liberdade de expressão dos espaços universitários e votou contra o uso policial para tal fim. A posição foi acompanhada por todo o plenário do Supremo, com os ministros criticando a tentativa de impedir propagação de ideologias ou pensamento, entendendo que as ações feriam a liberdade de alunos e professores.
Mas sete meses depois, a AGU apresenta novo parecer defendendo que a universidade deve ser livre, “mas sem a prevalência de corrente de pensamento específica” que “eventualmente, essa parcialidade possa interferir no processo eleitoral”.
No documento de mais de 30 páginas, a AGU ainda impõe: “permanece autorizada a discussão de ideias no âmbito das universidades, sempre com espaço para posições divergentes, desde que semelhante debate possua pertinência com as atividades acadêmicas e não se converta em autêntica propaganda eleitoral”.
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Humor de resistência

Charge de Laerte

Revolucionário exemplar


Luciana: João Amazonas nos fez mais fortes para enfrentar os desafios

Portal Vermelho

Em homenagem a João Amazonas, dirigente histórico, ideólogo e construtor do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), cuja morte ocorreu há 17 anos, a presidenta nacional do partido, Luciana Santos, destacou a importância de seu legado. Segundo ela, Amazonas conduziu a luta dos comunistas em meio a grandes tormentas e deixou gravadas as linhas básicas que permitiram o PCdoB superar dificuldades e enfrentar novos os novos desafios da nova luta pelo socialismo.

 “Nosso querido João Amazonas deixou de viver em 27 de maio de 2002. Sem dúvida foi um duro golpe nas fileiras comunistas não somente no Brasil, mas no movimento comunista internacional”, afirmou Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB.
A dirigente comunista destacou o papel de Amazonas “no largo período em que o movimento dos operários e dos trabalhadores de todo o mundo sofreu revezes e retrocessos. Mas com seu espírito revolucionário marxista e leninista ele soube conduzir nossa luta em meio a grandes tormentas”.
Para Luciana,, o ideólogo e líder político “soube gravar em nossas mentes e corações as linhas básicas que permitiram ao Partido Comunista do Brasil superar as dificuldades que a luta de classes impôs”, ressaltou.
João Amazonas, “nos fez mais fortes para enfrentar novos desafios da luta pelo socialismo em nosso país”, enfatizou Luciana Santos.
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