Notícias que assustam
Luciano Siqueira
Sempre digo e
agora repito: a morte não me assusta, encaro-a com naturalidade. Em algum
momento essa engrenagem aqui que me mantém atento a tudo e me faz sentir
infinito prazer em viver haverá de parar. É da vida.
Mas por obra
do capeta, de vez em quando me deparo com informações que me fazem refletir
sobre o tema. Parece inevitável.
Como
agora, que fico sabendo que pouca massa muscular em braços e pernas pode
indicar risco de morte em idosos.
Epa!
Tudo a ver comigo: idoso de fato, orgulhosamente assumido.
A notícia está na
Folha de S. Paulo. A mortalidade é quase 63 vezes maior em mulheres com pouca
massa magra nos membros; entre os homens o aumento é de 11,4 vezes, revela um estudo feito na
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).
Com a palavra
a reumatologista Rosa Maria Rodrigues Pereira, que coordenou a pesquisa: “Avaliamos a composição corporal da nossa população,
com ênfase na massa muscular, gordura subcutânea e gordura
visceral. Em seguida, buscamos identificar quais desses fatores poderiam
predizer a mortalidade nos anos seguintes. A quantidade de massa magra nos membros
superiores e inferiores foi o que mais se destacou na análise”.
Quem sou eu para duvidar da sentença?
Aqui em casa mesmo, de vez em quando, ouço o comentário de que já não tenho a musculatura de antes...
Ou seja, sou vitima do que os cientistas chamam de sarcopenia –
perda de músculos associada à idade.
Tem mais: é preciso muito cuidado para que esse sequestro de músculo não
esteja associado à osteoporose – ou seja, uma perda de ritmo, digamos assim, na
renovação de nossas células ósseas, alertam os amigos médicos.
Tem gente que não pode sequer ouvir falar dessas coisas. De pronto passa
a achar que tem tudo isso e mais. O hipocondríaco gosta de sofrer
antecipadamente.
Bem, se assim são as coisas e o tempo já vivido é mesmo referência para
as perdas gradativas que cada um de nós sofre, ao invés de brigar com a Natureza ou
se afundar em lamúrias, melhor é reagir.
Primeiro e mais importante do que tudo, viver intensamente. Viver e não
ter medo de ser feliz em qualquer circunstância, mesmo nas dificuldades. Isso é
plenamente possível, sim. Dou o meu testemunho e o meu exemplo.
Segundo, o que não é tão fácil porque exige disciplina, não descuidar da
Vitamina D na ingesta de alimentos, tomar sol e praticar exercícios físicos.
Terceiro, se possível não ligar muito para essas notícias que circulam
pelas mídias. Só servem para nos assustar.
[Ilustração: Janeisa Tomás]
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