Brasil: eis a nova estratégia da direita
Um olhar sobre o Congresso em que políticos
ultraconservadores e comandantes policiais tramaram ação conjunta na cena
brasileira. Pontos centrais: intervenção internacional na segurança e carta
branca a massacres na periferia, como no Rio
Roberta
Medina e Almir Felitte/Outras Palavras
Entre os dias 23 e 25 de outubro, apenas três dias antes da maior
chacina da história recente do Brasil, foi realizada em São Paulo a “COP
International 2025” (Congresso de Operações Policiais), reunindo uma grande
feira de exposição de forças policiais e empresas de tecnologia de defesa e
segurança, além do ciclo de debates “Fórum de Segurança Pública pelo Brasil”,
patrocinado pelo Partido Progressista e a Fundação Francisco Dornelles.
O evento recebeu o apoio institucional da Secretaria de Segurança
Pública e das polícias civil e militar do estado de São Paulo, bem como do
Ministério da Defesa. Apoio mais do que visível: a feira contava com estandes
destas instituições, exibindo seus arsenais ao lado de empresas privadas,
nacionais e estrangeiras, que oferecem o que há de mais avançado em tecnologia
militar e de vigilância. No público, policiais militares, civis, federais,
municipais e penais circulavam fardados, uniformizados e armados pelo salão.
Muitos não eram meros figurantes, integrando as mesas de debate do
“Fórum” como palestrantes ao lado de deputados, policiais-deputados,
governadores, secretários e promotores. Alguns dos policiais, é importante
frisar, palestraram fardados.
Mas há ainda um pequeno detalhe: o fórum era, na verdade, um ciclo de
debates realizado pelo Partido Progressista (PP), o mesmo do Secretário de
Segurança Pública paulista, o ex-Capitão da ROTA Guilherme Derrite, através da
Fundação Francisco Dornelles. De fato, o evento não fez nenhuma questão de
esconder o seu caráter político. A fundação partidária constava expressamente
na organização, o logo do “Fórum” estampava o símbolo e o número do
Progressistas e nomes de destaque do partido eram as estrelas do debate.
Aliás, coube a Ciro Nogueira, senador e presidente da sigla, anunciar em
primeira mão o novo slogan que o Progressistas agora adota de olho em 2026:
“Brasil do futuro é Brasil mais seguro”. Mas era Derrite quem, sem dúvidas, se
fazia onipresente no evento que parecia construído mais em torno de sua futura
candidatura do que de seu partido.
Quase todos os palestrantes faziam questão de agradecer o convite
pessoal que receberam do Secretário, sempre acompanhado da cúpula de seus
comandados paulistas: o ex e o atual Comandantes-Gerais, o Comandante do Choque
e o Chefe de Inteligência da PM, além do Delegado Geral da PC e do diretor da
Polícia Penal.
Essa verdadeira simbiose, articulada a partir de São Paulo apenas três
dias antes da chacina do Rio de Janeiro — envolvendo polícias de todo o Brasil,
partidos da extrema-direita (com a presença do PP e do PL) e a indústria de
vigilância e defesa armamentista —, parece simbolizar bem os rumos que a
política brasileira pode tomar nos próximos anos, sobretudo diante do tom
discursivo que logo depois justificaria o massacre. Tentamos desvendá-los a
seguir.
O AJUSTE NARRATIVO: SAI A FALIDA GUERRA ÀS DROGAS, ENTRA O COMBATE AO
NARCOTERRORISMO, SEGUE A GUERRA ÀS FAVELAS
“A guerra às drogas nós já perdemos, a droga é só a quarta fonte de
renda do crime organizado. (…) Esquece a droga, nós já estamos em outra
prateleira. (…) Nós já somos um narcoestado. (…) Isso aqui não é caso de
polícia, isso aqui é caso de direito internacional”.
As frases acima foram parte do acalorado discurso de Alexandre Abrahão,
juiz de uma vara especializada em crime organizado do TJ-RJ, em uma das mesas
mediada pelo próprio Derrite. Destacamos seu discurso por resumir as principais
ideias da extrema-direita para a segurança pública neste ponto: a mudança do
foco narrativo central da guerra às drogas para a guerra territorial e a
abertura à intervenção estrangeira a partir da reclassificação de problemas
internos como conflitos transnacionais pautados em conceitos de terrorismo.
A primeira é essencial na construção da segunda. Relativizar seu próprio
velho discurso de combate às drogas é uma novidade neste momento de
reorganização da extrema-direita para as próximas eleições. A ideia é
introduzida por uma frase do Governador Cláudio Castro, o maior responsável
pela chacina do RJ, e repetida por representantes cariocas no evento: “hoje, o
crime é business”. Para Castro, as facções só continuam a traficar porque uma
lei “branda” faz as drogas ainda valerem a pena, mas que elas já representam
apenas “um quarto do dinheiro do crime”.
Na linha do “business”, o Secretário de Segurança do RJ e delegado federal
aposentado Victor Santos pontuou que “a favela não é pobreza, é potência e
oportunidade que têm sido exploradas pelo crime”. É acompanhado pelo Coronel
Maurílio Nunes, ex-Comandante do BOPE e seu atual Subsecretário, para quem a
“estrutura empresarial” do crime organizado se dá porque “as facções aprenderam
a dominar serviços com as milícias”. Felipe Curi, delegado e Secretário da
PC-RJ, foi além ao afirmar que as milícias, hoje, são formadas por traficantes
que migraram das facções, pontuando que a exploração territorial dá muito mais
dinheiro do que o tráfico de drogas. Todos foram uníssonos ao dizer que a “ADPF
das favelas” seria a grande responsável pela domina ção territorial do RJ pelas
facções.
As favelas, tratadas como territórios cuja soberania estatal deveria ser
“recuperada”, foram um ponto central na fala da cúpula de segurança do Rio de
Janeiro. Em uma das apresentações, chegou-se a exibir um vídeo feito com
inteligência artificial generativa que simulava “o que moradores da favela falariam,
se pudessem falar”. Victor fez questão de afirmar que “81% da população
brasileira mora em favelas. São pessoas pobres, negras, sem oportunidade, isso
é uma mentira”.
Dentro de sua retórica, quem “defende” esse tipo de território estaria
contribuindo para manter um sistema lucrativo cuja expansão beneficia as
facções, que, segundo ele, “aprenderam com a milícia que explorar os
territórios é uma fonte de receita”. Nessa mesma linha, Fabrício Oliveira,
Delegado da CORE-RJ, afirmou que a única coisa que “limita” a favelização do
Brasil são os recursos naturais, como deslizamento de morros, porque a
“legislação aceita esse tipo de formação territorial”.
No evento como um todo, o Rio de Janeiro foi retratado como um
laboratório, um “caso complexo, muito difícil de segurança pública”, porque os
agentes policiais precisam agir “dentro das quatro linhas”, limitados pela
“ADPF das favelas”, enquanto o “crime avança na marginalidade da lei”.
Nas palavras do próprio Secretário fluminense, a realidade do Rio seria
“um reflexo da inação das leis, que são um instrumento para que a polícia possa
fazer o seu trabalho”. Seu discurso sempre se dirige para a mesma profecia: sem
mudanças na legislação que deem ainda mais autonomia às ações da polícia, o
mesmo irá acontecer em todo o país. Ameaças acompanhadas por comentários como o
do Capitão Telhada, deputado estadual paulista pelo PP, afirmando que “o
contexto do Rio de Janeiro assusta a gente aqui em São Paulo”.
As falas da cúpula de segurança do Rio de Janeiro durante a COP, muitas
delas proferidas pelos principais responsáveis pela chacina, revelam o tom de
um projeto de país em curso. A chacina e sua retórica, retratada como uma
“operação de sucesso”, foram antecipadas em um evento partidário-policial que
prefigurou tanto as atrocidades realizadas quanto a narrativa destinada a
justificar o injustificável. Ao tratar com ironia as críticas à letalidade
policial, Victor enfatizou com desumanidade e frieza: “Quem trabalha muito,
erra muito”.
Diante desse mote, a palestra do promotor do MP-SP, Leonardo Romanelli,
explicando as ações de inteligência da Operação Carbono Oculto contra redes
financeiras do PCC, ficou isolada do restante do evento. Reverberaram muito
mais discursos como o do juiz Alexandre Abrahão, que após dizer que “seteiras
(buracos na parede que servem como base de tiro) e barricadas são o limite
final da liberdade da sociedade”, olhou para a plateia paulista e profetizou:
“se isso aparecer aqui em São Paulo é porque vocês já perderam”.
No fórum, repetiu-se muito a ideia de que o RJ foi responsável por
“exportar criminosos e o modus operandi do crime para outros estados”, como
disse o Secretário Victor. Por sua vez, é da noção territorializada do crime no
RJ que a direita tenta levar o debate da segurança pública para o campo da
soberania e do terrorismo, dando base à ideia de uma guerra territorial que
justifique até a intervenção do direito internacional no Brasil.
Um conceito bastante explorado, por exemplo, foi o de “black spots”,
áreas dentro de um país em que a soberania do Estado é frágil ou inexistente,
citado pelo juiz Abrahão e pelo ex-Comandante Geral da PM paulista, o Coronel
Cássio Araújo. Foi a partir dele que Abrahão usou os termos “narcoterrorismo”
para dizer que a droga já havia se tornado algo secundário diante da guerra
territorial, enquanto o coronel paulista preferiu o termo “terrorismo
criminal”.
Discurso corroborado por falas como a do delegado Felipe Curi ao afirmar
que a ADPF transformou as favelas em “base operacional”, ou na defesa que o
ex-BOPE Maurílio Nunes fez do atual projeto de ocupação das favelas no RJ como
forma de retomada da soberania contra os “narcoterroristas”. Ou, ainda, o
apontamento do Secretário carioca de que o RJ, hoje, tem “microsoberanias” nas
quais “o fuzil é o instrumento de dominação territorial”.
As diferenças entre CV e PCC, porém, acabam ignoradas para que se
apliquem os mesmos conceitos em SP. Isso foi bem observado na fala inaugural de
Derrite, que apresentou como os “dois desafios críticos” do início de sua
gestão a Baixada Santista e a Cracolândia, segundo ele, “territórios do crime
organizado” que deveriam ser retomados pelo Estado.
Na Baixada, ele considerou as Operações Verão e Escudo “o maior evento
policial de retomada do território e de intensificação das forças de segurança
na América Latina”. Sobre as mortes decorrentes da ação policial durante essa
operação, se calou, se limitando a dizer que “não existem provas, não existem
vídeos que retratam violência policial nas operações”, embora isso seja uma
evidente mentira.
Sobre a Cracolândia, Derrite caracterizou o território da Favela do
Moinho como “posição estratégica” na justificativa de sua desocupação.
Oportunidade que aproveitou para atacar os movimentos de mães que se organizam
em busca de justiça por terem perdido seus filhos para a polícia e as
lideranças comunitárias de moradores contra o despejo, chamando-as de
“traficantes”.
Nesse ponto, é importante perceber como estes conceitos recaem sobre a
população dos territórios. Instigado pelo deputado estadual Capitão Telhada,
por exemplo, o Tenente-Coronel Wilmar Fernandes, que atua pela PM-MS nas
fronteiras com Bolívia e Paraguai, afirmou que as facções vivem uma “guerra
assimétrica” na qual, com menos potencial bélico que o Estado, cooptam o povo
através do assistencialismo e da propaganda.
Sob o discurso de guerra territorial, portanto, populações inteiras são
postas em situação de constante suspeição pelas autoridades diante da ameaça de
cooptação pelas facções. Nesse contexto, surgem debates como o poder da
“narcocultura” (em discursos acalorados sobre MC’s) ou a tese de “guerra
informacional”, observada, por exemplo, na afirmação do diretor da Polícia
Penal-SP de que “o PCC usa ONGs para espalhar desinformação”.
Foi o diretor Rodrigo Andrade, aliás, quem apresentou em sua palestra um
quadro comparativo entre o crime organizado e o terrorismo, citando o
planejamento estratégico, o uso da violência, o impacto sistêmico, a
comunicação simbólica e a estrutura em rede como pontos em comum. Dados
acompanhados de afirmações ainda mais enérgicas, como a do juíz Abrahão de que
“os mísseis do Hamas são alimentados pelos cigarros clandestinos do Paraguai”
ou de que “o PCC está ligado à grupos terroristas”.
Território, soberania e narcoterrorismo, portanto, muito mais do que a
“guerra às drogas”, se mostram as palavras-chave para compreender o novo plano
político das polícias e da direita, construído centralmente a partir da segurança
pública. Suas justificativas empilhadas, porém, não são suficientes para tapar
uma série de
Primeiro, é curioso que as milícias nunca sejam retratadas como um
problema em si mesmo. Para eles, a questão é que as facções (sobretudo o CV)
copiaram o modelo miliciano e agora são um problema maior. Segundo, embora
todos reconheçam que o funcionamento da maior facção do Brasil, o PCC, seja
diferente, desterritorializado, é o cenário territorializado carioca o
escolhido como paradigma para o resto do Brasil.
Embora reconheçam a milícia como modelo que surgiu com o domínio
territorial, a deixam de fora de suas propostas para combatê-lo, focando
exclusivamente nas facções enquanto deixam de lado qualquer debate sobre a
relação entre forças policiais e crime organizado no país.
Mesmo que insistam na centralidade do fuzil na dominação territorial,
ignoram o afrouxamento da legislação armamentista que os permitiu e o sabido
papel da corrupção policial nos desvios que alimentam o crime. Inclusive os
negam, como fez o Coordenador da CORE-RJ Fabrício Oliveira, chamando o Estatuto
do Desarmamento de “meu fuzil, minha vida”.
Outra incongruência é a questão financeira. A direita aponta que as
facções diversificaram atividades econômicas e, hoje, focam na exploração
territorial, mais lucrativa que o tráfico de drogas. Mas se estas atividades
geram ainda mais lucro, como não se sabe onde circula este novo dinheiro? Por
que há tanto interesse em demandar investimento em aparatos de combate e quase
nenhum em operações e agências de fiscalização de redes financeiras? Querem nos
fazer crer que o CV e as milícias guardam dinheiro embaixo de seus colchões?
No fim das contas, ao não abordarem em seus discursos outros tipos de
criminalidade que existem para além das facções e outras causas para a
violência, o que se observa é que esta alteração de rota narrativa da
extrema-direita serve, realmente, a dois propósitos: 1) possibilitar a
intervenção do direito internacional e de forças estrangeiras no Brasil a
partir dos conceitos de narcoterrorismo; e 2) justificar o aumento da
autonomia, dos poderes e das competências das forças policiais do país
simulando uma guerra territorial interna de elevado nível tecnológico.
O BRASIL ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE SE TORNAR UM ESTADO POLICIAL DO QUE UM
NARCOESTADO
No congresso organizado pelo PP, duas coisas ficaram bem claras. A
primeira delas é que as narrativas e o discurso político levados pela cúpula de
segurança do RJ devem ser mobilizados pela extrema-direita para o restante do
país. Os painéis de debates soaram como uma verdadeira tentativa de unificação
e organização discursiva em torno de um projeto de futuro pensado pelas cúpulas
de algumas polícias estaduais (principalmente RJ e SP) em conjunto com partidos
políticos.
Para além das velhas retóricas punitivistas — que vão desde sugestões de
alteração na legislação para o aumento das penas até a repetição do clichê
populista de que “a polícia prende e o Judiciário solta”—, este projeto é
centralmente caracterizado pela noção de “guerra territorial”, na qual os
conceitos de “narcoterrorismo” e “guerra assimétrica” devem servir como
justificativa para o aumento do poder e da autonomia policiais e para a
suspensão permanente de direitos de populações periféricas e faveladas.
Neste ponto, está a segunda grande evidência revelada pelo congresso.
Este projeto de poder não traz apenas novos recursos discursivos, mas consolida
uma nova protagonista na política brasileira: a classe policial. Longe da velha
imagem que fazíamos dela, como mera força auxiliar da elite política
brasileira, cada vez mais, a polícia se coloca como pensadora e articuladora de
um projeto autoritário para o país.
Se a “guerra ao narcoterrorismo” é colocada pela extrema-direita como o
grande problema a ser enfrentado, a concessão de poderes ilimitados às polícias
é receitada como a sua única solução. Uma solução que já escalou uma verdadeira
tropa para defendê-la nos espaços tradicionais de poder: só nesta legislatura,
mais de 60 policiais e militares já ocuparam uma cadeira no Senado e na Câmara
Federal, o equivalente a cerca de 10% do Congresso Nacional.
Policiais-políticos (ou políticos-policiais) que, nos últimos anos, vêm se
dedicando a legislar em causa própria, propondo projetos que aumentam o seu
próprio poder.
No palanque partidário de um dos maiores partidos da extrema-direita
brasileira, não havia qualquer constrangimento de policiais que ali subiam
fardados para discursar. Também não estava nada constrangida a cúpula da
segurança pública do RJ que, enquanto realizava o seu “comício”, já pensavam na
chacina que havia planejado para ocorrer três dias depois.
À promíscua relação entre policiais e políticos demonstrada no palco se
juntavam algumas indústrias privadas que, com sua parafernália tecnológica de
segurança e defesa exposta nos estandes ao lado, fazem as contas de quanto pode
lucrar na espiral de violência brasileira.
Inclusive, o ajuste narrativo que acirra a escala do inimigo interno,
sempre criado e sustentado por discursos que buscam legitimar as políticas de
morte da polícia, parece também ser arquitetado para tornar juridicamente e
socialmente aceitável, talvez em um futuro próximo, o uso de tecnologias como
drones aéreos e terrestres equipados com armamentos, ostensivamente exibidas e
disponibilizadas à polícia durante a feira.
Por certo, nada permanecerá igual após uma chacina dessa magnitude, a
maior da história recente do Brasil. Décadas atrás, o próprio PCC surgiu dos
escombros do “Massacre do Carandiru”, e, desde então, a sua expansão tem
justificado diversas alterações legislativas e institucionais que ampliaram o
poder e a capacidade de atuação das polícias e do sistema penal. Do mesmo modo,
há décadas que o combate às facções legitimou escandalosas operações policiais
e militares no RJ.
Hoje, o PCC diversifica suas atividades criminosas em plena expansão,
enquanto o RJ já não sofre apenas com as facções, mas também com o
fortalecimento das milícias a partir das próprias forças de segurança. Com
velhas soluções fracassadas mais uma vez colocadas à mesa, poderíamos pensar
que o Brasil não aprendeu nada com si mesmo. Infelizmente, não é verdade. A
extrema-direita brasileira parece ter aprendido bem.
As instituições policiais e as organizações de direita estão cada vez
mais alinhadas. Na verdade, quase se confundem no caminho para o poder que
necessariamente passa por legitimar a execução e o massacre de moradores de
favelas e periferias de todo o Brasil. Embora muitas narrativas preguem o
contrário, afirmamos sem medo de errar: o Brasil está muito mais próximo de se
tornar um Estado Policial do que um narcoestado.
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