22 fevereiro 2024

Minha opinião

Sinais de desagregação
Luciano Siqueira



Multiplicam-se registros na grande mídia a propósito de desencontros no grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, entre os diretamente envolvido nas tratativas golpistas.


A investigação procedida pela Polícia Federal parece munida de muitas informações. Fatos pretéritos devidamente documentados incriminam praticamente todos os que trabalharam mais diretamente com Bolsonaro.


O primeiro a cuidar de si em detrimento dos interesses dos demais foi o tenente-coronel Mauro Cid, envolvido numa penca de ilícitos.


A delação premiada de Mauro Cid agora tem a chance de fornecer mais dados do que até recentemente. Inclusive porque, tanto quanto o fatídico vídeo da reunião ministerial onde se discutiu abertamente alternativas de golpe, os investigadores estariam debruçados — é o que se diz — sobre fartas provas documentais.


O próprio Bolsonaro tem dado mostras de muita debilidade quando, por duas vezes consecutivas, solicitou através de seus advogados o adiamento da audiência a que será submetido nesta quinta-feira, na Polícia Federal.


O principal líder agora exibe pés de barro. E seu "estado maior" tornou-se um amontoado de investigados tendentes ao salve-se quem puder.


Isto às vésperas do ato público na avenida Paulista, dia 25, convocado pelo próprio ex-presidente.


O amálgama dessa gente era a perspectiva de mais quatro anos no poder, que desmoronou.


Agora, outros líderes direitistas — governadores inclusive — cuidam de projeto próprio, tentando construir liderança alternativa a do ex-capitão.


Um cenário de desagregação.

Leia também: Uma oposição incapaz e inconsequente http://tinyurl.com/3kc2a3f8 

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente análise 👏👏👏👏