25 outubro 2012

Um ponto de partida para a análise

Luciano Siqueira: PCdoB saiu vitorioso das eleições no Recife
Entrevista ao portal Vermelho

. As eleições do Recife, marcadas pelo distanciamento entre as duas principais forças políticas de esquerda de Pernambuco - PT e PSB - e os fatores que levaram à expressiva vitória em 1º turno do candidato Geraldo Júlio, apoiado pelo governador Eduardo Campos, foram objeto de análise feita pelo vice-prefeito eleito e presidente do PCdoB da capital pernambucana, Luciano Siqueira, em entrevista especial ao Portal Vermelho.
. Para Luciano, que acredita na possibilidade de reintegração do PT ao bloco de forças que compõem a Frente Popular, o novo prefeito tem o desafio de aprimorar as conquistas acumuladas nas últimas três gestões petistas, mas explica que este não deverá ser um governo de continuidade. Será um governo de inovação com foco em soluções criativas para dar conta das oportunidades e desafios da cidade-polo da metrópole palco das decisões e inciativas que marcam o atual ciclo de desenvolvimento de Pernambuco.

Luciano Siqueira – Trata-se de uma vitória espetacular. A despeito do amplo leque de forças que reunimos, é sempre bom lembrar que na primeira pesquisa feita o candidato Geraldo Júlio tinha apenas 4% das intenções de voto, o que permitiu que concorrentes e algumas vozes na imprensa insinuassem que essa candidatura se tratava de uma invenção sem muitas chances. E se foi uma vitória espetacular cabe fazer uma análise conscienciosa das razões pelas quais foi possível vencer. Creio que a eleição no Recife não foi uma coisa simples. Foi uma batalha complexa que, inclusive, do meio para o fim implicou desafios de muita relevância. Só daqui a algum tempo, com a poeira assentando, será possível fazer uma análise mais rigorosa.
. No entanto, alguns elementos que contribuíram para a vitória da Frente Popular me parecem muito perceptíveis a uma primeira vista. Primeiro, do ponto de vista da própria Frente Popular e da candidatura de Geraldo Julio há dois fatores decisivos conduzidos por uma orientação tática correta. O primeiro fator é a amplitude e a pluralidade da Frente reunida em torno da candidatura de Geraldo.

. Uma frente de 14 partidos que no curso da campanha, mediante o diálogo que estabeleceu com a sociedade, foi agregando setores os mais diversos, inclusive que guardam contradições entre si. Trabalhadores, empresários, o mundo da ciência, da cultura e da tecnologia, igrejas de diversas denominações evangélicas, setores da igreja católica. Enfim, um amplo leque político e social.
. Com um detalhe que é importante anotar: uma frente muito ampla, heterogênea, plural, porém unida em torno da proposta de governo que paulatinamente foi construída, através do diálogo com a sociedade, com a população dos bairros populares, quadros técnicos e gestores públicos experimentados que nos ajudaram a dar o tratamento adequado ao produto desse diálogo.

Esse diálogo amplo foi, então, decisivo?
Luciano Siqueira - Sim, nós chegamos a debater os problemas da cidade com mais de 60 grupos organizados da sociedade, representados por entidades corporativas de empresários e trabalhadores, por instituições públicas e privadas, universidades, mulheres, juventude, movimento LGBT, etc., um movimento muito rico. De modo que o programa que nós registramos em cartório, para ser cobrado pela população, já na última semana de campanha, é rigorosamente produto dessa mescla, da ausculta e análise política e técnica por parte do corpo de quadros da campanha, que gerou unidade e coesão muito sólida. A ênfase é o desenvolvimento em favor de uma cidade mais humana.
. O outro fator é a mobilização do povo. A campanha deliberadamente apostou na mobilização popular desde o início. A primeira decisão política da campanha foi ocupar o território da cidade apoiada nos mais de 300 candidatos a vereador e em lideranças populares, sindicais e comunitárias.
. Nós tínhamos um candidato desconhecido do grande público e procuramos capilarizar a candidatura de Geraldo no conjunto da cidade, através de inúmeras pequenas, médias e grandes reuniões e caminhadas sempre encerradas com um brevíssimo comício onde falavam um deputado presente, eu e ele, e quando o governador Eduardo Campos (PSB) esteve presente, numa segunda fase da campanha, também o governador.
. Então, essa mobilização da população nos permitiu que, quando veio o programa eleitoral na televisão e no rádio já existia uma malha na cidade que ouvira falar em Geraldo Julio e tivera um primeiro contato com as nossas ideias e propostas para a cidade.

Os adversários acusavam Geraldo de ser apenas um técnico, despreparado politicamente...
Luciano Siqueira - Verdade, bateram nessa tecla todos os adversários e concorrentes. No entanto, a prática demonstrou que Geraldo era mais do que um técnico, revelou-se um líder político hábil, capaz de ouvir atentamente, respeitando as diferenças, e de sintetizar queixas e aspirações em termos elevados e aptos a unir e a motivar para a luta. Ele foi sempre muito aplicado na condução da campanha conforme a orientação tática que adotamos, que colocou como centro da campanha a defesa de propostas para cidade, evitando confronto em termos rebaixados com os concorrentes e adversários, que buscou até onde foi possível manter uma relação fraterna com a candidatura do PT.
. Mas é claro que, quando uma facção derrota outras facções concorrem também para isso a insuficiência, os erros e os equívocos dos concorrentes.

Como se deu a correlação de forças entre as principais candidaturas?
Luciano Siqueira - O cenário da disputa se alterou de maneira formidável porque o senador Humberto Costa, candidato pelo PT, em aliança com o PP, PHS e PSDC, começou com 43% das intenções de voto e terminou em terceiro lugar. (O segundo colocado, no início, era o ex-governador Mendonça Filho, do Democratas, com 22%, que veio a desmoronar para pouco mais de 2%). Avalio que a candidatura de Humberto Costa errou no nascedouro e errou seriamente durante toda a campanha. No nascedouro porque foi produto de uma crise interna do PT publicamente explicitada, em termos deprimentes, cujo traço essencial é a desagregação do Partido dos Trabalhadores no Recife.
. Do ponto de vista prático, a candidatura de Humberto Costa deu ênfase, o tempo todo, ao que nós poderíamos chamar de “fatores exógenos”. Ao invés de se afirmar como candidato com um discurso próprio, com uma proposta para a cidade, ele começou acusando o PSB de “traição”, reclamando por não ter o apoio de um partido que teria, como todos os demais, o direito de fazer sua escolha. 
. Depois, passou mais de um mês ou quase toda a campanha anunciando a possível vinda de Lula ao Recife e consignando a essa presença de Lula um peso, que como ele próprio chegou a externar mais de uma vez, seria decisivo para a tentativa de vencer. 
. Quando a candidatura dele começou a cair de maneira mais acentuada, aí ele aprimorou os erros táticos. Escolheu como alvo principal o candidato da Frente Popular, tentou desconstruí-lo com um discurso falso, porque desconstruir politicamente o concorrente, o adversário, não é errado e se for uma desconstrução que tenha base na realidade é assimilada pelo eleitorado. Mas, o que a candidatura do senador Humberto Costa pretendeu fazer foi negar responsabilidades que Geraldo Julio quando secretário de Estado efetivamente assumiu. O exemplo mais evidente disso é quando o programa eleitoral de Humberto veiculou imagens de recortes de jornais e a fala do sociólogo Luiz Ratton, tentando passar a ideia de que teria sido Ratton o coordenador do Pacto pela Vida, um programa de destaque do Governo do Estado, quando na verdade Luiz Ratton coordenou a fase preparatória e, uma vez instalado o programa, é público que o coordenador foi Geraldo Julio. Então, essa linha tática não deu certo.
. Em seguida, mudou o alvo mais uma vez. Centrou o ataque no governo do estado, exatamente um governo que tem um índice de avaliação sem precedentes na cidade do Recife, mais de 90% de avaliação positiva, com a presença na cidade através de ações concretas reconhecida por 97% da população. Escolheu uma bandeira falsa também, acusando o governo de pretender privatizar a Compesa, empresa estatal de água e saneamento, e, ainda por cima, atribuindo a essa suposta privatização a ameaça de aumento da tarifa.
. Isso também se revelou um erro tático importante. Além disso, o fato que a atual gestão, do prefeito petista João da Costa, percorreu todo o processo da campanha sofrendo um imenso desgaste, engendrando na população o desejo e a expectativa de mudança, que veio a ser empalmado pela candidatura de Geraldo.
. Mas os erros da campanha do PT permitiram também o crescimento da candidatura inconsequente do PSDB, com o deputado estadual Daniel Coelho, que ocupou parte importante do espaço que deveria estar sendo ocupado pela candidatura de Humberto Costa.

Como o candidato do PSDB se apresentou?
Luciano Siqueira - Daniel Coelho, pela fragilidade da candidatura do PT ocupou espaço e se converteu no segundo colocado, aparecendo para parcela do eleitorado menos atenta como elemento de mudança. Deu uma contribuição negativa ao debate político. Reeditou um discurso no estilo clássico de Jânio Quadros (presidente do Brasil, em 1961) e Fernando Collor (presidente do Brasil entre 1990 e 1992), sustentando uma cantilena contra os partidos, contra os políticos, contra a política, pretendendo se apresentar à população como a coisa nova, sem nenhum compromisso, no dizer dele, com o que aconteceu na cidade do Recife nos últimos 50 anos.
. De uma só tacada ele colocou na vala comum, como gestores malsucedidos, Pelópidas Silveira, que marcou a história do Recife; Miguel Arraes e as próprias gestões recentes do PT, que obtiveram êxitos importantes.

Como a evolução das candidaturas do PT e do PSDB influenciou a tática da Frente Popular?
Luciano Siqueira - Esses comportamentos dos candidatos do PT e do PSDB, cada um no seu estilo, colocaram diante de nós desafios táticos importantes. Nós estávamos decididos a tratar sempre de maneira fraternal a candidatura do PT, baseados no pressuposto correto de que - e isso, inclusive, é textual na Resolução do PCdoB que define a aliança com o PSB – nós considerávamos Geraldo Julio e Humberto Costa candidatos oriundos da Frente Popular de Pernambuco, integrantes, portanto, do mesmo campo de forças. No entanto, tivemos de responder com firmeza a tentativa de desconstrução da nossa candidatura com argumentos falsos por parte de Humberto Costa e tivemos também de revelar de público o verdadeiro perfil do candidato do PSDB, que além de esconder sua trajetória política e as lideranças conservadoras que o apoiavam, etc.
. Alguém que dizia que ia mudar o Recife sem ter apresentado uma proposta concreta para cidade, que dizia na televisão que quem quisesse saber das propostas fosse ao site de sua campanha e quando você visitava o site encontrava um documento com afirmações genéricas. Era uma fraude, com todo respeito ao deputado. E a campanha da Frente Popular se sentiu na obrigação de esclarecer do que se tratava. 
. Não foi uma decisão fácil, porque a fronteira entre explicitar para a população uma verdade sobre o concorrente e baixar o nível da disputa é muito tênue. Isso demandou discussões demoradas entre o comando político e a área da comunicação da campanha. Nossas decisões se confirmaram corretas.

O futuro governo de Geraldo Julio pode ser avaliado como um governo de mudanças ou de certa forma representa a continuidade de um projeto político?
Luciano Siqueira – Nós estamos convencidos de que o governo de Geraldo Julio será um governo de mudanças. Mudança pelo programa que nós construímos, pela postura política, e porque tanto no programa como na atitude do prefeito eleito há mais do que um desejo, há um compromisso público de, ao mesmo tempo em que nós vamos preservar conquistas alcançadas pela cidade do Recife ao longo dos tempos, incluindo as conquistas acumuladas nas três gestões comandadas pelo PT, que vamos tentar aprimorar e consolidar, há também um compromisso claro de inovar. Inovar nos fundamentos das políticas públicas, na abordagem dos problemas do ponto de vista do método de gestão e inovar na mobilização da sociedade para nos ajudar a governar.

Quais serão os primeiros passos?
Luciano Siqueira - Nós vamos ter um primeiro ensaio disso, desse terceiro aspecto. O prefeito Geraldo Julio tem dito e repetido que a primeira tarefa é fazer o dever de casa, que é limpar e botar ordem na cidade. Nossa intenção é realizar essa tarefa com ampla participação da sociedade.
. Não temos ainda o modelo, o formato, estamos construindo ainda daqui até dezembro, para iniciar o governo limpando a cidade, retirando os entulhos, com a participação de diversas outras instituições, das igrejas, das organizações populares, da população em geral. A intenção é essa.
. Mais: já agora na transição trabalhamos no sentido de no curso dos primeiros 100 dias de governo poder realizar iniciativas marcantes previstas em nosso Programa, como iniciar a construção do Hospital da Mulher, por exemplo.

. Então, será um governo de mudanças. Agora, todo governo de mudança tem também elementos de continuidade. Mesmo quando existe uma ruptura revolucionária na sociedade. A teoria marxista considera que a sociedade nova é parida dentro da sociedade velha. Então, o que você começa a construir de novo nunca deixa de ser um misto do novo com elementos de continuidade, elementos do que ficou.

Como fica a relação com o PT a partir de agora?
Luciano Siqueira – Esse é um caso típico de uma relação de amor que sofre um estremecimento porque um dos parceiros atravessa um momento de conflito interior (risos). Esse desenho das eleições, em que a maioria dos partidos que compõem a Frente Popular do Recife se reuniu em torno da candidatura de Geraldo Júlio e o PT ficou de fora, a raiz disso tudo foi o próprio PT. Mas o PT não saiu do governo do Estado e continua a participar da Frente Popular de Pernambuco. Os partidos que nos apoiaram também integram a base de apoio da presidenta Dilma. O normal será, portanto, uma reintegração do PT à Frente Popular. O prefeito declarou uns 15 dias antes das eleições em uma entrevista à uma rádio local que se vencesse as eleições iria apelar a todos os partidos concorrentes, e o PT privilegiadamente porque sempre foi um aliado, que colaborassem com a gestão.  Agora, o que estamos assistindo pelos jornais, é que o PT ensaia ainda uma avaliação interna do processo vivido no Recife, que não sabemos quando tempo dura e a que conclusões chegará. Do ponto de vista de Geraldo Júlio e da Frente Popular, o PT é parceiro. O PT tem vereadores na Câmara Municipal, tem experiência acumulada na cidade, tem um legado que nós vamos preservar e fortalecer, o natural é que o PT nos apoie no governo.

Você não acredita então na possibilidade de cisão entre o PT e o PSB, com uma candidatura à presidência do governador Eduardo Campos em 2014?
Luciano Siqueira – Isso está mais na mídia do que na vida, mais nos discursos dos jornais do que na realidade concreta. Toda frente é um leque de partidos e todos os partidos que fazem parte da ampla coalizão que dá sustentação ao governo Dilma - todos, sem exceção -, enfrentaram essas eleições com o objetivo de acumular forças. Isso é um direito de cada partido. O PSB é um dos partidos que saem fortalecidos. Como o PT, que vencerá em São Paulo capital e em muitas cidades importantes do País. O PCdoB também se fortalece. Daí a imaginar que o fortalecimento de um aliado seja motivo de desagregação tem uma distancia muito grande. Em minha opinião, a força e a audiência que o PSB tem no conjunto da sociedade se deve também ao fato de ser um partido importante na coalizão governista. Não vejo necessidade política de uma divisão, e não sinto que essa seja uma pretensão do PSB.

Como a oposição sai desse processo eleitoral?
Luciano Siqueira – No Recife a oposição sai muito fragilizada. Em geral, as eleições são polarizadas, metade-metade. Neste ano, se nós somarmos a votação de Geraldo Júlio e a votação de Humberto Costa, nosso campo de forças, a base de apoio da presidenta Dilma, teve mais de 70% dos votos no Recife. Essa é uma conta que precisa ser feita. A oposição não morre, e é bom que não morra. É saudável que ela exista, uma oposição qualificada. Há inclusive nos partidos que nos farão oposição vereadores experientes, qualificados. Isso é positivo para o processo democrático e para a nossa gestão, que haverá de ser avaliada e acompanhada pela oposição. Isso nos ajuda e não nos atrapalha.

E como o senhor avalia o resultado do PCdoB?
Luciano Siqueira – Nosso Partido sai vitorioso. Sobretudo por duas razões. A primeira é por ter dado uma contribuição importante à vitória da Frente Popular. A contribuição do PCdoB do ponto de vista da construção da linha da campanha, da orientação política da Frente, da tática eleitoral, é reconhecida pelo conjunto das forças. O mérito principal do êxito cabe ao PSB que é o partido hegemônico nessa coligação. E os outros partidos também contribuíram, mas não nos eximimos de dizer que o PCdoB deu uma contribuição muito importante.
. A segunda razão é que o PCdoB, além de ter o vice-prefeito,  reelegeu um vereador de raízes populares sólidas, o Almir Fernando, que ficou muito bem posicionado. E embora não tenhamos, por razões circunstanciais, viabilizado a tática da disputa para a Câmara Municipal em chapa própria, como aconteceu nas duas eleições passadas, e isso não nos permitiu eleger mais um vereador, nós projetamos dois quadros do Partido na cena política: A Cida Pedrosa, poeta, advogada, gestora pública e militante dos direitos humanos, e a professora e líder sindical Antonieta Trindade. Ambas foram bem votadas e passam a ser porta vozes do PCdoB no Recife. Isso é uma conquista. E acho também que o PCdoB comemora a correção de sua resolução política aprovada em sua última Conferência Municipal, que de fato serviu como guia para o Partido no cenário que se desenvolveu na cidade. A resolução, que em um trecho dizia que priorizaríamos a unidade da Frente Popular inicialmente em torno de um presumível candidato do PT, mas que não nos eximiríamos de discutir uma candidatura alternativa desde que viesse a ser pactuada com o conjunto dos partidos, foi uma referência segura para a flexão tática que precisamos fazer. A orientação se mostrou correta. Afirmava o rumo, mas outras coisas também poderiam acontecer. Então, o Comitê Municipal seguiu plenamente em acordo com aquilo que foi definido pela Conferência.

E agora, depois das eleições, quais são as tarefas da direção do Partido?
Luciano Siqueira – O Comitê Municipal do Recife se esforça para de fato exercer o seu papel e ter na sua Comissão Política o núcleo dirigente executivo. Durante a campanha a direção funcionou toda vez em que precisamos deliberar sobre algo importante no curso da batalha. E agora, a tarefa número um do Partido é iniciar a avaliação, examinar a nova situação política no município, porque mudou a correlação forças, mudou a força hegemônica, e identificar com clareza os ajustes táticos e a atualização de suas tarefas, tanto na luta social quanto na frente institucional e na luta de ideias. Já está estabelecido um calendário de três reuniões sucessivas da Comissão Política e uma do pleno do Comitê Municipal cuja essência é essa, a avaliação da batalha travada, novo quadro político e novas tarefas do Partido.  .
Do Recife, Inamara Mélo e Audicéia Rodrigues

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