28 março 2014

A palavra instigante de Jomard

Paul Klee
Escrevivendo ao MAR de A para Z
Jomard Muniz de Britto, jmb.

Achar gerador de todos os achismos, impressionistas e TRANSsubjetivos.
“Quem acha vive se perdendo?” Aqui e ágora.
Brincar enquanto exercício cotidiano entre jogos de salão, Copas e
peladeiros. Atividades lúdicas TRANSpiradas pelo HOMO LUDENS.
Calcular (para confrontar) estatísticas da (im)popularidade dos
Governos e desgovernos.
Desviar ou dissipar manifestações perdurantes do populismo
sem fronteiras. E dos racismos camuflados.
Encenar ritos da brasilidade, longe dos colonialismos internos
e metropolitanos. Além das mitomanias do nacional-popular.
Franquear negociações problemáticas entre Cuba, China, Rússia
e Argentina, dentro e fora dos carismas franciscanos.
Gerar expectativas para uma democracia sem adjetivos, nepotismos
e famigerados mensalões. Gerir fantasmas do passado.
Historicizar sem a histeria historiográfica, porém intensificando
o processo de historicidade no dia a dia.
Iludir sem repetir ilusões do memorialismo com tendências
ao absoluto dos gostos e camaradagens, atuais brodagens.
Jogar pelas REDES SOCIAIS a necessidade de leitura do mundo
encarando a COPA sem absurdos financeiros.
Kitschizar verbalizando a palavrinha quase palavrão – KITSCH –
que nos invade pelas tramas da estética na politicidade das artes.
Lutar com palavras e performances pode ainda ser a luta mais vã.
Manipular seja qual for o Príncipe (ou habitante dos precipícios)
é mais do que um risco no grau zero das escriduras.
Navegar sem naufragar por todas as obsessões bipolares:
direita/esquerda, núcleo/descentramentos, alegria/agonia.
Sejamos multipolares sem cargos nem descargas ideológicas.
Ouvir em tempos lógico, cronológico e analógico, buscando saberes.
Onde estão os cadáveres do Araguaia?
Das balas perdidas e anti-pacificadores?
Precisar no singular plural das conversações analíticas e dos automatismos
da NET. É preciso e urgentíssimo que alguém escreva dentro e fora das escroquerias,
picaretagens da psicanálise e da poesia pop filosofante.
Querer – quereres da musicalidade. Querendo abolir o trauma dos preconceitos.
Renarcisar-se sem o adorno do egocentrismo que dispara egolombrismos.
Sonhar mais um sonho impossível? Sem saudosismo investir nos labirintos
da criticidade sem temer o rigor das teorias.
Teatralizar agudamente nossas contradições na travessia dos
pensamentos pensantes. Trágica lucidez vivencial interligando o tempo da
história ao temporal das sobrevivências. Tragicomédia dos patrocinadores
de campanhas eleitorais e Afundações Culturais.
Unificar sem uniformizar. Umbral dos últimos e dos inocentes inúteis.
Último de todos nós, ignorantes do UM, do Bem, fundamento ético das urgências.
Vampirizar nosso H.O. nas jugulares das experimentações, ora Museais, talvez
Museificantes. Ex-PERY-mental em metaleiros.
Wagnerizar as potencialidades operísticas.
Xerocar desde que não é preciso criar. E muito menos invencionar.
Y sem verbos nem verbas: Yang & Yin. Dialética sem síntese. Interpenetrações gilbertofreYrianas nas tropicologias e democracias metarraciais. Tropicais alegorias
e melancolias. Mestiças e híbridas solidões.
Zerando ou não a reza. Zeus, Zumbi, Zaratustra no crepúsculo dos ídolos e idiotas
dos nacionalismos e internacionalismos. Indomável zoológico da POLITICARIA.


Rio de Janeiro, março/abril de 2014, na Recifernália.

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