DESEJO de VOAR ou
RINALDO por ELE MESMO
Entre o ser humano e a
pedra cotidiana
é preciso e urgentíssimo
reinventar a
poeticidade sem
fronteiras. Com os pés
no chão da artevida os
desafios
das linguagens
intervisuais: desenho,
pintura, gravura,
escultura, cerâmica.
Dialogismo das artes
expandidas.
DESEJO DE VOAR que
atravessa, percorre
e transfigura mitologias
da Grécia para
Toritama, perpassando os
NÓS de nossa
historicidade. Ninguém
ousaria replicar
influências que se
transmutam:
do muralismo mexicano
aos cordeis
de J. Borges. O voo de
Ícaro redescobrindo
correntezas e labirintos
de João Cabral,
Samico, Picasso, Miró...
Transe por
diferenciações.
Eles sempre souberam
voar com os pés
no território de
carências e vontades.
O artista se condensa no
tempo: antes e
agora. Sujeito singular
de pluralidades.
Não deseja ocultar-se em
Brasília:
- “Eu vi, porque fui pra
lá”. Coragem.
Sua visão entre abismos
imaginários:
- “O olhar contorcido
pela úmida razão”.
Jamais iludir-se com a
fogueira dos
racionalismos
explicativos. Dominadores.
Por todos NÓS que
raramente conseguimos
escapar do império dos
sentidos e outros
devaneios narcisistas
persistentes.
Nosso RINALDO continua
apostando no
EX-PERI-MENTAL sem dono
nem propriedade,
desdobrando-se de olhos
abertos para
os mistérios do mundo.
Porque ELE sabe voar
agora e sempre.
JOMARD MUNIZ DE BRITTO
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