Maternal paciência
Nhuria Gonçalo Xavier*
Antes, achava que por trabalhar e estudar muito estava no limite da exaustão, mas entendi o significado de muitas coisas e situações quando me tornei mãe.
Passei a sentir na pele o cansaço
infinito e percebi que a exaustão vai para além do cansaço físico. O limite
emocional e financeiro são colocados a prova diariamente, em especial quando as
noites de sono se acumulam ou quando o(a) filho(a) adoece e por tantos outros
motivos que nos cercam de “medos” e dúvidas.
Antes, verbalizava que não tinha tempo
para fazer as coisas e que o dia precisaria ter 48 horas.
Hoje, percebo que realizo tantas coisas
e sou tão mais ágil em tão pouco tempo. Cada segundo bem aproveitado interfere
no meu bem estar e por consequência no do meu filho.
Aprendi com meu filho a lidar com os
imprevistos, atrasos e esperas. Os planejamentos passaram a ser
reelaborados.
A paciência, na maioria das vezes, se
torna um obstáculo, mas é preciso torna-se sua aliada.
Passei a ser mais paciente comigo, com
os palpites, os julgamentos e com as situações atípicas.
Algumas situações me impulsionaram a
percebi que a paciência é crucial.
Compreendi que a exaustão, que citei no
começo, vai nos levar a perder a paciência em muitos cenários e isso nos leva a
entender que é não damos conta de tudo, há dias mais leves e mais densos,
aprendi que não conseguimos levar o mundo nas costas e um dos mais importantes:
respeitar os limites, ignorar ou acolher opiniões que agregam ou não no nosso
jeito de maternar.
Por fim, é certo dizer que meu filho me
ensina, gradativamente, o que de fato é importante para ser feliz.
[Ilustração: Luiz Carlos de Andrade Lima]
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