CONSCIÊNCIA NEGRA
Acróstico em tercetos e redondilha
Agassiz Vasques
Como escravo o negro velho contribui
Onde o ferreiro é peça pura do engenho
No fabricar ferramentas o tempo o exclui
Suar sangue na roça mas se empenha
Contra o ferro a malhar n'água tempera
Incendeia no forno o ígneo lenho
E no campo o trabalho se acelera
No engenho a moenda espera a cana
Correi ladeira abaixo, estudem o passo
Indo levar doce caldo pras calandras
Atrás do burro o Negro escravo no compasso
Nove anos ou mais lá dura o boi
Escravo menos só produz por oito anos
Gregário o negro adquire a consciência
Regrado em brigas, Palmares, persistência
À espera, e luta a vencer os desenganos
[Ilustração: Cândido Portinari]
As
múltiplas cores da vida https://bit.ly/3fQkBY8
Nenhum comentário:
Postar um comentário