02 junho 2023

Palavra de Cida Pedrosa

O desafio da adaptação climática

Cida Pedrosa*

 

Hoje, vamos tratar de uma questão que afeta a todos nós e demanda nossa atenção e ação imediata: a adaptação climática. Estamos vivendo um momento crucial da história, em que as mudanças climáticas estão se manifestando de forma cada vez mais intensa e ameaçadora. Como moradores, não podemos mais ignorar os sinais claros e preocupantes que o clima nos envia.

O Recife, conhecido por sua rica cultura, belezas naturais e seu povo acolhedor, está enfrentando desafios sem precedentes em relação ao clima. O aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e inundações, tem afetado nossa infraestrutura, comprometendo a segurança e o bem-estar de nossas cidadãs e cidadãos.

No entanto, não podemos nos render ao desespero! Devemos agir com determinação e tomar medidas concretas para nos adaptarmos a essas mudanças. Estamos hoje aqui para promover o diálogo entre a Prefeitura a Câmara de Vereadores, através desta importante Frente Parlamentar e a Sociedade para desenvolver estratégias eficazes que protejam nossa cidade e nossas comunidades.

Em primeiro lugar, devemos reforçar a necessidade de investimos em infraestrutura resiliente, preferencialmente com soluções baseadas na natureza. Isso significa fortalecer nossas estruturas de drenagem, melhorar a gestão de resíduos e redes de esgoto, implementar medidas de controle de enchentes, sempre próximo dos sistemas naturais e protegendo nossa mata ciliar e áreas permeáveis. Para isso, devemos incentivar o uso de tecnologias inovadoras, como manutenção das áreas verdes, jardins de chuva e telhados verdes, para ajudar na absorção de água e reduzir os riscos de inundação.

A adaptação climática é um desafio complexo, precisamos agir agora, não só em benefício das gerações futuras, mas também pelo bem-estar das pessoas que vivem hoje em nossa cidade.

Sabemos que estes impactos atingem de forma diferente determinadas regiões da cidade, os mais vulneráveis sofrem com maior intensidade, por isso é urgente a justiça climática. Investir nas áreas mais vulneráveis da cidade como nossas favelas, Comunidades de Interesse Social (CIS) e as Zonas de Interesse Social (ZEIS) é condição primária para a justiça social e climática.

Medidas de prevenção e preparação estão em andamento na Cidade, foi conquistado um montante de R$ 2 bilhões através de convênio com o BID. Contudo, precisamos conhecer a aplicação destes recursos e as ações imediatas e as que já aconteceram ou estão em andamento.

Por isso, perguntamos a EMLURB, quais medidas foram tomadas para preparar a cidade para o inverno, como a manutenção e limpeza de sistemas de drenagem para evitar inundações, a poda de árvores para prevenir quedas de galhos durante tempestades. Como a URB vem coordenando as obras de contenção de encostas para evitar deslizamentos, entre outras ações específicas relacionadas ao clima e infraestrutura da cidade.

A Defesa Civil, como órgão responsável por coordenar e executar ações de resposta rápida a emergências e desastres naturais. Como está pensado a implementação do Plano de Contingência para o período chuvoso?

Por fim, como a Secretaria de Direitos Humanos está preparada para o acolhimento às famílias atingidas pelas chuvas? Incluindo a disponibilidade de abrigos temporários, a mobilização de equipes de apoio psicossocial, a disponibilização de recursos básicos como alimentação, água e itens de higiene, e a garantia do respeito aos direitos humanos das pessoas afetadas.

*Breve intervenção na abertura de sessão da Frente Parlamentar pelo Clima, na Câmara Municipal do Recife

Vereadora pelo PCdoB no Recife

Incansável na luta e na arte de viver https://bit.ly/3GwFhie

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