14 setembro 2009

Olhares sobre a solidão e a solidão da senhora G.

Comentários acerca da minha crônica Cães, gatos, papagaios e a solidão da senhora G. (veja em postagem anterior):

“Histórias como essas parecem até os contos de Troncoso que o meu pai contam ou uma peça teatral para o público dar gargalhadas. Mas, lamentavelmente, é de chorar e de doer os corações dos mais humanos. Quantas donas Gs não passam pelo mesmo problema mundo afora... è que para cada um dos animais citados o dono deverá ter, pelo menos, 1 milhão de reais. É o mundo cruel do lucro, onde só é respeitado quem tem direito ao SABER, ao PODER e ao DINHEIRO. Duvido que o dono da mansão tenha os seus únicos companheiros arrancados á força. Esse será apenas convidado a prestar esclarecimento, pagar uma simbólica fiança e ser liberado. Herdamos uma legislação falso- moralista-religiosa e poucos dos nossos legisladores estão preocupados em mudá-la.” (Melquides Pereira).
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“Estou triste e chocada com a nossa realidade, que mesmo para pessoas que tentam se preocupar com o próximo, não ter preconceito não descriminar mesmo assim muita vezes ficamos cegos para com o nosso próximo. É muito importante estarmos pelo menos vez ou outra sendo lembrados de por em prática nossa solidariedade e amor ao próximo, pois este deve ser o nosso objetivo se quisermos ser melhores como ser humano. E esta é a realidade de muitas pessoas, muito obrigada por suas palavras, bjs Lú” (Lu Holmos).
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“Chocante o que fizeram com a senhora G. fico sem ter o que dizer. E a questão pesa tanto para os jornalistas quanto para a justiça e para os vizinhos dessa pobre mulher. E me passa um sentimento assustador de impotência.” (Lêda Barros Pinho).
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“Minha vida é povoada de animais, desde a infância, especialmente o jumento Ferrinho, com quem conversava como um amigo/irmão. Quantas passagens comovedoras nos caminhos de Buíque.

Sua crônica remete-me aqueles momentos, à juventude, e me reacende a consciência sobre o que o homem está fazendo da terra. Ao se ferir uma planta, um animal, um ser vivo qualquer, o homem amputa de si mesmo um canal da sensibilidade. Que sua crônica acenda mentes obscuras, como o fez o Mestre Gregório.

Sempre procuro uma oportunidade para lhe falar e creio que é chegada. Não alcanço à lógica dos podadores de coqueiros da orla marítima do Recife. Não sei por que não se cria uma rede para proteger os cocos, até que amadureçam. Seria uma fonte de renda e de alimento extraordinária. Talvez até se oferecesse aos barraqueiros os cocos colhidos, desde que salvassem os coqueiros. Os barraqueiros poderiam adotar os coqueiros pertos de suas barracas. Não, eles preferem podá-los, derrubando cachos e cachos de cocos, e palhas até restarem os penachos inúteis, que nem sombra oferece. É uma atitude igual a dos homens que foram à casa da Senhora G e lhes subtraíram os animais. Estes ainda gritam. Os cachos de cocos, as palhas caem silenciosos. Nada denunciam. Ninguém reclama, ninguém diz uma palavra. ”(Cyl Gallindo).
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“Estardalhaço feito, quem quer saber mais nada sobre a senhora G? O que importa além da notícia? Acusam de maus tratos e não se importam com os próprios seres humanos.” (Taciana Valença).

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