No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
A economia do terror
As notícias dão conta de que a Europa patina em uma grave crise, e pacotes fiscais neo-ortodoxos são aplicados para estancar a sangria econômica na zona do Euro, vítima do assalto pelo capital especulativo, a única coisa realmente globalizada no planeta.
No Brasil a Federação Brasileira dos Bancos, FEBRABAN, reconhece que o produto interno bruto nacional, o PIB, crescerá por volta de 6,3% este ano, significando que o País terá um extraordinário desenvolvimento econômico em meio a uma profunda crise de caráter mundial.
Um terremoto nas finanças internacional que, como ponta do iceberg, apresentou-se na quebradeira dos grandes bancos de investimentos norte-americanos, abalou as estruturas da economia global, provocando a recessão e agora atinge em cheio a Comunidade Europeia.
E na Europa esses primeiros e fortes sismos acontecem exatamente nas chamadas economias mais frágeis como a Grécia, Portugal, Espanha e dizem os especialistas, também a Itália.
Não faltam também informações abalizadas, e notícias da imprensa, dando conta sobre um violento ataque especulativo contra o Euro em geral e os Países citados em particular.
Quer dizer, o capital financeiro parasitário atua como os predadores que percebem uma presa com algum tipo de dificuldade ou fragilidade e prontamente se lançam sobre a vítima com uma voracidade e sede de sangue ilimitadas, e em pouco tempo o que resta mesmo é a carcaça e a mais pura fedentina.
Mas a grande mídia hegemônica nacional repercute os fatos considerando tal atitude como algo perfeitamente natural e própria da “dinâmica saudável das regras naturais do mercado” e do sistema.
Tanto mais que recentemente divulgou, alegremente, a notícia de que conservadores alemães teriam proposto aos gregos que vendessem uma das suas ilhas, patrimônio da História da civilização grega e ocidental, para saldar a sua dívida.
Já os acordos do FMI e do Banco Central Europeu com a Grécia impõem o chamado choque fiscal neoliberal, massacre dos assalariados, tão conhecidos pelos brasileiros na era FHC.
Quanto ao crescimento nacional essa mídia hegemônica é contra e defende a sua frenagem porque representaria uma economia super aquecida, exigindo, excitada, juros altos, apostando em escalada inflacionária. Trata-se de um condenável ato de terrorismo contra o povo brasileiro.
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