Luciano Siqueira
Certa vez em Natal, num debate promovido por sindicalistas, em meio à acesa polêmica um dos debatedores, filiado ao recém-fundado PT, discordando francamente da minha opinião e sem argumentos consistentes, de súbito levantou-se e abandonou a reunião com o solene protesto: “Essa conjuntura está muito burguesa para o meu gosto!”
Ora, se a situação concreta podia ser “burguesa”, pelo menos ao olhar do indigitado debatedor, pego o mote e afirmo que a atual situação do Brasil está “muito programática” – e gosto disso.
“Programática” no sentido de que não se pode examinar os fatos que não seja à luz de uma compreensão do evolver da sociedade brasileira, tendo em mira os entraves a que possamos alcançar um padrão de desenvolvimento sólido, sustentável e socialmente benéfico. Partidos políticos, técnicos e analistas de todos os matizes em geral elegem este ou aquele problema como o mais crucial e reclamam solução imediata – para a desejada demarragem do desenvolvimento. Empresários e seus porta-vozes na mídia, por exemplo, matraqueiam diariamente que a carga tributária é muito alta e precisa ser rebaixada. Outros reclamam dos juros altos, com razão; e com igual razão os que precisam exportar o que aqui se produz se queixam do câmbio sobrevalorizado, que nos deixa em maus lençóis no mercado global.
Sem qualquer ufanismo militante, e obviamente sem pretender deitar sentença para nada, vejo-me confortável e otimista justamente porque procuro me orientar pelo Programa do meu partido, o PCdoB. Pois se a conjuntura é “programática”, ou seja, pede propostas sistêmicas e articuladas, sintonizadas com o presente e o futuro mediato, valho-me da proposta das 6 reformas estruturais que, em nosso Programa, junto com o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e a implantação de um sistema de segurança cidadã compõem a essência de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento – que entendemos ser o caminho para voos mais altos, no futuro, mirando o socialismo.
O raciocínio é compreensível. Tomemos o desenvolvimento sustentável – a taxas entre 6 e o 7% ao ano (padrão hoje considerado elevado na cena mundial) – com distribuição de renda e efetiva valorização do trabalho. Empanca, sim, no câmbio sobrevalorizado, na política de juros estratosféricos e nessa zona que é o fluxo de capitais, que aqui entram e saem a bel prazer em função tão somente da usura. É preciso mudar, mas não apenas isso. É preciso articular reformas estruturais que destravem o progresso – a tributária, a agrária, a educacional, a urbana, a política e a dos meios de comunicação. No conjunto, e mais ainda aliadas à consolidação de uma união dos países do subcontinente sul-americano, podem produzir a afirmação da nação, a ampliação da democracia e das conquistas sociais e , tendo a maioria dos brasileiros melhorado de vida e elevado a confiança na própria força, uma baita elevação do nível de consciência politica.
Sonho? Que nada! Não é nada fácil, exige consciência, força de vontade, capacidade de luta e habilidade política. Mas a História é rica de exemplos de sonhos realizados – quando a realidade é assim, como a do Brasil atual, “programática”.
“Programática” no sentido de que não se pode examinar os fatos que não seja à luz de uma compreensão do evolver da sociedade brasileira, tendo em mira os entraves a que possamos alcançar um padrão de desenvolvimento sólido, sustentável e socialmente benéfico. Partidos políticos, técnicos e analistas de todos os matizes em geral elegem este ou aquele problema como o mais crucial e reclamam solução imediata – para a desejada demarragem do desenvolvimento. Empresários e seus porta-vozes na mídia, por exemplo, matraqueiam diariamente que a carga tributária é muito alta e precisa ser rebaixada. Outros reclamam dos juros altos, com razão; e com igual razão os que precisam exportar o que aqui se produz se queixam do câmbio sobrevalorizado, que nos deixa em maus lençóis no mercado global.
Sem qualquer ufanismo militante, e obviamente sem pretender deitar sentença para nada, vejo-me confortável e otimista justamente porque procuro me orientar pelo Programa do meu partido, o PCdoB. Pois se a conjuntura é “programática”, ou seja, pede propostas sistêmicas e articuladas, sintonizadas com o presente e o futuro mediato, valho-me da proposta das 6 reformas estruturais que, em nosso Programa, junto com o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e a implantação de um sistema de segurança cidadã compõem a essência de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento – que entendemos ser o caminho para voos mais altos, no futuro, mirando o socialismo.
O raciocínio é compreensível. Tomemos o desenvolvimento sustentável – a taxas entre 6 e o 7% ao ano (padrão hoje considerado elevado na cena mundial) – com distribuição de renda e efetiva valorização do trabalho. Empanca, sim, no câmbio sobrevalorizado, na política de juros estratosféricos e nessa zona que é o fluxo de capitais, que aqui entram e saem a bel prazer em função tão somente da usura. É preciso mudar, mas não apenas isso. É preciso articular reformas estruturais que destravem o progresso – a tributária, a agrária, a educacional, a urbana, a política e a dos meios de comunicação. No conjunto, e mais ainda aliadas à consolidação de uma união dos países do subcontinente sul-americano, podem produzir a afirmação da nação, a ampliação da democracia e das conquistas sociais e , tendo a maioria dos brasileiros melhorado de vida e elevado a confiança na própria força, uma baita elevação do nível de consciência politica.
Sonho? Que nada! Não é nada fácil, exige consciência, força de vontade, capacidade de luta e habilidade política. Mas a História é rica de exemplos de sonhos realizados – quando a realidade é assim, como a do Brasil atual, “programática”.
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