Eduardo Bomfim, em seu blog
Na realidade houve uma outra razão mais consistente que a reparação financeira que coube aos alemães pela responsabilidade do primeiro conflito militar em escala global da era moderna, foi a disputa do capital germânico pela hegemonia imperialista internacional cujas consequências redundaram nas duas carnificinas humanas nunca antes vistas.
Nos tempos atuais, promove-se uma sistemática lavagem cerebral exercida sobre os povos através de formidável complexo midiático hegemônico planetário a serviço do capital financeiro global, dos novos centuriões imperiais, os Estados Unidos, e potências menores, reeditando, sob novo cenário histórico, a fúria enlouquecida pelo lucro, responsável pelas duas grandes guerras mundiais.
Só que desta vez não existe uma contradição inter-imperialista determinante como antes mas a ação unilateral de um gigantesco império e seus satélites contra o resto da humanidade, construindo suas rotas de expansão, semeando guerras regionais, catástrofes lavadas em sangue, nomeando inimigos por todas as partes.
O poderio é de tal magnitude que enquanto o capital financeiro conduz a humanidade a uma brutal crise econômico-financeira, cuja bola da vez são as nações europeias subordinadas à estratégia recessiva alemã, os EUA cuidam de atear fogo no planeta e vão circundando militarmente as nações emergentes especialmente a China e a Rússia.
E em meio a um planeta marchando a passos largos para uma espécie de conflito militar global de novo tipo, o capital financeiro, os Estados Unidos, ainda submetem às nações uma agenda social global fragmentária, artificial e diversionista.
Mas também é verdade que vai se aprofundando o abismo entre os povos de um lado e o apetite insaciável desse capital global, além da repulsiva e ensandecida expansão imperial.
A vida vai demonstrando que a vocação para a "criação destrutiva" da nova ordem mundial aniquila as liberdades, produz a barbárie, esmaga os países, exigindo resistência para ser superada por outro tipo de civilização que assegure a soberania das nações, a emancipação social, os direitos dos cidadãos.
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