O jogo possível de Michel Temer
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Embora a política tenha suas particularidades e leis próprias, na essência é a face institucional da vida como ela é.
Faz-se o que é possível e o que as circunstâncias permitem. Atinge-se ou não o que se pretende a depender de muitos fatores — a correlação de forças, em especial —, incluindo o pleno conhecimento do terreno em que se peleja.
O presidente ilegítimo Michel Temer, de estatura diminuta e escrúpulos zero, conhece muito bem o campo de batalha em que se move.
E assim vai cumprindo o papel que se atribui - o de preservar a todo custo sua base parlamentar neoliberal-fisiológica. Deixa a tarefa de governar a cargo do ministro Henrique Meirelles, fiel depositário dos interesses daqueles que em última estância sustentam o governo, o poderoso Mercado financeiro.
Basta acompanhar a agenda de Temer: com a carteira de verbas e cargos em mãos, negocia com cada deputado e interfere em movimentos como o de parlamentares de direita, temporariamente alojados no PSB, em vias de migrarem para outra legenda.
Tudo para permanecer no cargo até o final do ano que vem, a despeito do deplorável estágio de degenerescência e desmoralização a que chegou.
É da sua índole, desde os tempos em que comandava o que a imprensa chamava, à época, de "banda podre" do PMDB à conspiração para derrubar a presidenta Dilma.
De outra parte, aposta na variável tempo quanto às denúncias da Procuradoria Geral da República, que o envolvem e a elementos dos seu grupo, assim como na protelação das próximas supostas delações premiadas do ex-deputado Eduardo Cunha e de outros peixes taludos.
Mas a crise econômica e financeira segue corroendo o tecido social e as instituições, em tendência de agravamento na esteira das medidas inspiradas na ideologia do Estado mínimo e da primazia do setor rentista.
Uma receita que no mundo inteiro não tem superado a crise, nem equilibrado satisfatoriamente as finanças públicas, antes aumenta a concentração da renda e da produção, restringe direitos e amplia a exclusão social.
Na outra ponta - a da sociedade insatisfeita e dos movimentos de oposição -, a resistência ocorre a critério de cada segmento, no nível imediatamente possível, porém tendendo a um leito comum (qualquer que seja o desenho que venha a assumir) de uma ampla e plural conjugação de forças lastreada em proposições destinadas a tirar o país do buraco em que se encontra o retomar o desenvolvimento em bases soberanas, democráticas e socialmente inclusivas.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Embora a política tenha suas particularidades e leis próprias, na essência é a face institucional da vida como ela é.
Faz-se o que é possível e o que as circunstâncias permitem. Atinge-se ou não o que se pretende a depender de muitos fatores — a correlação de forças, em especial —, incluindo o pleno conhecimento do terreno em que se peleja.
O presidente ilegítimo Michel Temer, de estatura diminuta e escrúpulos zero, conhece muito bem o campo de batalha em que se move.
E assim vai cumprindo o papel que se atribui - o de preservar a todo custo sua base parlamentar neoliberal-fisiológica. Deixa a tarefa de governar a cargo do ministro Henrique Meirelles, fiel depositário dos interesses daqueles que em última estância sustentam o governo, o poderoso Mercado financeiro.
Basta acompanhar a agenda de Temer: com a carteira de verbas e cargos em mãos, negocia com cada deputado e interfere em movimentos como o de parlamentares de direita, temporariamente alojados no PSB, em vias de migrarem para outra legenda.
Tudo para permanecer no cargo até o final do ano que vem, a despeito do deplorável estágio de degenerescência e desmoralização a que chegou.
É da sua índole, desde os tempos em que comandava o que a imprensa chamava, à época, de "banda podre" do PMDB à conspiração para derrubar a presidenta Dilma.
De outra parte, aposta na variável tempo quanto às denúncias da Procuradoria Geral da República, que o envolvem e a elementos dos seu grupo, assim como na protelação das próximas supostas delações premiadas do ex-deputado Eduardo Cunha e de outros peixes taludos.
Mas a crise econômica e financeira segue corroendo o tecido social e as instituições, em tendência de agravamento na esteira das medidas inspiradas na ideologia do Estado mínimo e da primazia do setor rentista.
Uma receita que no mundo inteiro não tem superado a crise, nem equilibrado satisfatoriamente as finanças públicas, antes aumenta a concentração da renda e da produção, restringe direitos e amplia a exclusão social.
Na outra ponta - a da sociedade insatisfeita e dos movimentos de oposição -, a resistência ocorre a critério de cada segmento, no nível imediatamente possível, porém tendendo a um leito comum (qualquer que seja o desenho que venha a assumir) de uma ampla e plural conjugação de forças lastreada em proposições destinadas a tirar o país do buraco em que se encontra o retomar o desenvolvimento em bases soberanas, democráticas e socialmente inclusivas.
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