Duas faces de um governo
moribundo
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
O que dá pra rir, dá pra chorar - ensina um samba de muito sucesso tempos atrás. E que agora provavelmente inspire o presidente ilegítimo: por um lado, envolto em desgaste lento, gradual e irreversível; por outro, comemorando a realização de um dos seus deveres fundamentais perante o Mercado, a reforma trabalhista.
São as duas faces de um projeto político espúrio - porque fruto de um golpe institucional - e lesivo aos interesses da Nação e do povo.
Jamais na História nosso país conviveu com tamanha deterioração do poder político central. Anêmico em legitimidade, enlameado por atos amorais e aéticos, dependente de uma base parlamentar mesclada por neoliberais convictos e fisiológicos susceptíveis a benesses imediatas.
Sequer a mídia monopolizada que lhe deu suporte e agiu como cúmplice do golpe agora o sustenta. Ao contrário, alimenta a sua falência com doses sistemáticas de informações e análises demolidoras.
Tão logo informado do final da votação de ontem no Senado, Temer apressou-se em comemorar o feito proclamando que seu governo põe o Brasil nos trilhos do século 21 (sic).
A qualquer observador de fora do país, minimamente isento, esse discurso soaria - como de fato é - tão ridículo quanto cabotino.
Na verdade, Temer e seu grupo, qual fantoches a serviço do Mercado, sintonizam o Brasil nos parâmetros do setor rentista internacional que, a um só tempo, gerou a crise global eclodida em 2008, e que segue sem perspectiva de superação, e a administra segundo seus interesses.
Mundo afora, sobretudo nos EUA e países centrais da Europa, a crise atinge sobretudo os trabalhadores, retirando-lhes direitos e retroagindo em conquistas sociais históricas.
São políticas que buscam reduzir os custos da produção sobre os ombros dos que vivem do trabalho e recuperar a taxa média de lucro, em declínio estrutural há mais de quatro décadas.
É a esse figurino que o Brasil se adequa com a reforma trabalhista - verdadeiro golpe mortal na CLT - e com o conjunto da agenda regressiva encetada pelo governo, sob a batuta do ministro Meirelles.
Os efeitos imediatos dessa nociva reforma recaem internamente inclusive sobre o empresariado que depende fundamentalmente do mercado interno, como avalia o economista João Sicsú: ganham os que produzem para exportar, mas os que produzem para o mercado doméstico afundarão porque haverá queda geral da capacidade de compra dos trabalhadores.
Esta é a “modernidade” de Temer. A luta segue.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
O que dá pra rir, dá pra chorar - ensina um samba de muito sucesso tempos atrás. E que agora provavelmente inspire o presidente ilegítimo: por um lado, envolto em desgaste lento, gradual e irreversível; por outro, comemorando a realização de um dos seus deveres fundamentais perante o Mercado, a reforma trabalhista.
São as duas faces de um projeto político espúrio - porque fruto de um golpe institucional - e lesivo aos interesses da Nação e do povo.
Jamais na História nosso país conviveu com tamanha deterioração do poder político central. Anêmico em legitimidade, enlameado por atos amorais e aéticos, dependente de uma base parlamentar mesclada por neoliberais convictos e fisiológicos susceptíveis a benesses imediatas.
Sequer a mídia monopolizada que lhe deu suporte e agiu como cúmplice do golpe agora o sustenta. Ao contrário, alimenta a sua falência com doses sistemáticas de informações e análises demolidoras.
Tão logo informado do final da votação de ontem no Senado, Temer apressou-se em comemorar o feito proclamando que seu governo põe o Brasil nos trilhos do século 21 (sic).
A qualquer observador de fora do país, minimamente isento, esse discurso soaria - como de fato é - tão ridículo quanto cabotino.
Na verdade, Temer e seu grupo, qual fantoches a serviço do Mercado, sintonizam o Brasil nos parâmetros do setor rentista internacional que, a um só tempo, gerou a crise global eclodida em 2008, e que segue sem perspectiva de superação, e a administra segundo seus interesses.
Mundo afora, sobretudo nos EUA e países centrais da Europa, a crise atinge sobretudo os trabalhadores, retirando-lhes direitos e retroagindo em conquistas sociais históricas.
São políticas que buscam reduzir os custos da produção sobre os ombros dos que vivem do trabalho e recuperar a taxa média de lucro, em declínio estrutural há mais de quatro décadas.
É a esse figurino que o Brasil se adequa com a reforma trabalhista - verdadeiro golpe mortal na CLT - e com o conjunto da agenda regressiva encetada pelo governo, sob a batuta do ministro Meirelles.
Os efeitos imediatos dessa nociva reforma recaem internamente inclusive sobre o empresariado que depende fundamentalmente do mercado interno, como avalia o economista João Sicsú: ganham os que produzem para exportar, mas os que produzem para o mercado doméstico afundarão porque haverá queda geral da capacidade de compra dos trabalhadores.
Esta é a “modernidade” de Temer. A luta segue.
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