12 dezembro 2009

Questão ambiental divide mundo

No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Há algo de podre no reino da Dinamarca

Uma bomba estourou na conferência sobre o clima em Copenhague quando vazou o rascunho sobre um acordo entre os países do primeiro mundo com relação às verbas destinadas às políticas para diminuir as emissões de gás carbônico na Terra.

A polêmica principal desse documento diz respeito à rejeição dessas nações ditas desenvolvidas com relação aos recursos destinados aos países emergentes, principalmente Brasil, China, Índia e Rússia.

Alegam que nessa atual crise financeira mundial essas nações não só estão saindo rapidamente do terremoto como serão tremendamente beneficiadas nesse imbróglio porque as suas economias não foram, no fundamental, afetadas, ao contrário, vão crescer ainda mais aceleradamente. O que não deixa de ser verdade.

Mas a questão é que na lógica do encontro o problema não é esse, porque se trata de determinar quem mais poluiu o planeta, com a emissão de CO2, pelo menos desde a revolução industrial. E aí a Europa e os Estados Unidos não perderiam para ninguém. Ganhariam literalmente todas as medalhas se isso fossem as Olimpíadas. No quesito meio ambiente eu conheci vários abnegados em defesa da natureza e da nação brasileira, verdadeiros ambientalistas, desde a década de setenta, ali mais ou menos durante a luta pela anistia no Brasil.

E quando eu leio sobre a atual luta de Ricardo Ramalho, Secretário do Meio Ambiente de Maceió, em várias frentes, contra a poluição nos bairros de periferia e em certas áreas nobres do litoral da cidade, por parte de alguns esgotos clandestinos, reconheço aí o esforço do que há de melhor na boa tradição da causa ambiental no País.

Mas ao ver o noticiário nacional da televisão deparo-me com um âncora, jeito de yuppie, todo engomado, fantasiado de profeta e alter ego da sociedade que, aliás, já anda muito desconfiada desse bombardeio diário na grande mídia sobre o apocalipse e a destruição iminente do planeta.

Leio também que renomados cientistas, prêmios Nobel, condenados como politicamente incorretos, afirmam que o movimento global contra o efeito estufa transformou-se em uma religião fanática e anticientífica pronta a queimar na fogueira quem dela discorde no mínimo aspecto.

E finalmente me informo que o movimento contra o efeito estufa deve arrecadar, ou custar às nações, cerca de 13 trilhões de dólares que podem ser depositados em um espécie de FMI ambiental. É bom que as nações africanas, asiáticas e latino-americanas ponham as barbas de molho.

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