Celso Amorim em merecido destaque
Luciano Siqueira
O programa humorístico Zorra Total exibiu durante longo período um quadro em que um operário, limpando janelas de um edifício, ao ver passar um avião dizia para um colega: “Olha o presidente Lula indo!”. Algum tempo após, percebendo outro avião em sentido contrário, o colega apontava: “Olha o presidente Lula voltando!”. E ambos arrematavam: “Só a gente não viaja!”
Era o jeito Rede Globo de ridicularizar as viagens internacionais do presidente da República, apresentando-as como inúteis. Na verdade, uma crítica ferina à política externa do governo – que, diferentemente dos tempos de FHC e anteriores, agora assumia postura altiva e soberana no concerto internacional. Mais: ao estabelecer relações diplomáticas e comerciais com grandes países emergentes – China, Índia, Rússia, África do Sul -, o Brasil superava a dependência, em seu comércio exterior, dos EUA e, em certa medida, também da União Europeia.
Hoje, quase oito anos transcorridos do governo Lula, essa política externa se mostra vitoriosa.
E justamente na terra “dos galegos dos olhos azuis”, uma conceituada revista, a A pauta da Foreign Policy é focada em política internacional, economia, integração e ideias consideradas inovadoras.
Na prática, o reconhecimento do papel do ministro das Relações Exteriores no atual cenário mundial. A revista justifica a honraria por Amorim ter contribuído diretamente para que o Brasil venha se convertendo em “uma potência internacional sem seguir cegamente o governo dos Estados Unidos nem romper com os americanos”. Ou seja: por ter praticado uma diplomacia a um só tempo soberana e hábil.
"Sob a liderança de Amorim, o Brasil abraçou entusiasticamente a aliança dos BRIC, com Rússia, Índia e China, que ele acha que tem o poder de 'redefinir a governabilidade mundial'" – assinala a revista.
O fato é mais um dentre muitos, emblemático da derrota sofrida pela grande mídia que combateu, e continua combatendo sem tréguas, um governo que, além de alcançar índices recordes de popularidade interna, logrou um prestígio internacional jamais obtido pelo Brasil.
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