INMA chega para superar extremos nocivos
Luciano Siqueira
A vitória de Dilma Rousseff no pleito presidencial mantém aberta a possibilidade de se consolidar um novo ciclo de mudanças estruturais no País. Em decorrência, a agenda desenvolvimentista se impõe e condiciona a abordagem dos múltiplos problemas e desafios que comportam a realidade brasileira, plena de contradições, diferenciações e conflitos.
O problema ambiental é um deles. Melhor dizendo: já não é possível debater agravos e ou ameaças ao meio ambiente dissociados do desenvolvimento econômico e social. Alarga-se a visão do problema, estreitando-se as margens ocupadas pelos dois extremos nocivos: a concepção santuarista que conspira contra o desenvolvimento; e a visão depredadora que em nome do crescimento econômico despreza a defesa ambiental.
Nesse contexto, surge o INMA (Instituto Nacional de Pesquisa e Defesa do Meio Ambiente), destinado justamente a combinar a defesa do meio ambiente com o desenvolvimento, as conquistas sociais e a soberania nacional através do desenvolvimento sustentável.
O Instituto teve seu lançamento público ao término do Seminário Internacional Mudanças Climáticas, promovido pela Fundação Maurício Grabois com apoio da Petrobras, da ANP, do Ministério do Meio Ambiente, dentre outras instituições, em Brasília, sexta-feira última.
Uma plêiade de cientistas e personalidades de reconhecida competência e credibilidade forma o seu Conselho Consultivo, dando sustentação a uma diretoria presidida pelo ex-deputado Aldo Arantes.
A presença de Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; Carlos Walter Porto Gonçalves, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Volnei Garrafa, professor da Universidade de Brasília, dentre outros – que figuram com destaque entre os que chancelam o INMA – por si qualificam a pesquisa, a realização de seminários, oficinas e cursos e atividades afins que deverão compor a agenda do Instituto.
Do INMA devem tomar parte não apenas pesquisadores e especialistas na área, mas todo cidadão ou cidadã que tenha compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável. Basta se comunicar pelos e-mails aldoarantes.inma@gmail.com e leandro.inma@gmail.com .
Tiro por mim, modesto vereador do Recife, recém-eleito deputado estadual, que tem como um dos eixos temáticos do mandato parlamentar a defesa do meio ambiente: aderir ao INMA e aglutinar num núcleo local pernambucanos de diversas correntes do pensamento progressista passa a ser uma tarefa imediata, um meio de promover um novo projeto nacional de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
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