21 fevereiro 2016

Uma crônica para descontrair

Na esteira fantástica de Flash Gordon

Luciano Siqueira

Sim, sou do tempo de Flash Gordon, personagem de revista em quadrinhos criado pelo norte-americano Alex Raymond, que a partir de 1934 (ainda não era meu tempo, esclareço) encantou gerações com aventuras espaciais que imaginávamos jamais aconteceriam. Eu e minha turma da Lagoa Seca, bairro periférico de Natal, RN, vibrávamos com as historinhas traduzidas para o português em “gibis”.
Pensar que um dia foguetes transportariamnaves levando astronautas para explorar lugares distantes anos luz da Terra, jamais! Até porque a primeira tentativa do nosso herói, ao lado do Dr. Zarkov e Dale Arden, rumo ao imaginário planeta Mongo, fracassou...
Pois bem. O mundo evoluiu nas asas da ciência e as aventuras de Flash Gordon se tornaram realidade. E quanto mais se aprimoram as técnicas de exploração desse imenso universo formado por galáxias mil, mais novidade surge. A última é a descoberta de uma planeta anão – vejam só! -, batizado Makemake, visualizado através de uma combinação sofisticada de foguetes e telescópios, justo no momento em que ele flertava com uma estrela.
O Makemake é um dos cinco planetas anões pertencentes ao sistema solar. Por deduções engenhosas, sabe-se que o dito cujo não dispõe de atmosfera consistente, assim como parece carecer de atributos outros mais significativos. E por aí vai a análise do pequenino planeta.
Tudo bem. Breve mais se dirá, assim como serventia se encontrará para o achado. Por enquanto, ao lado dos esforços extraordinários dos cientistas abre-se uma imensa estrada para a imaginação dos poetas, que sempre enxergam nos corpos celestes mensagens que tocam a sensibilidade dos enamorados, dos tristes, dos esperançosos, enfim dos que vivem intensamente a vida cá embaixo.
Cá com meus botões, sem a verve poética nem a imaginação criadora que instiga cientistas a saberem mais do mundo material que nos envolve, limito-me a uma singela homenagem a Alex Raymond e seus colaboradores, que expunham em quadrinhos mágicos a possibilidade de se ir tão longe na busca de perscrutar o desconhecido.
Mais: com todo respeito ao arsenal criativo da TV e do cinema da atualidade, rico em efeitos especiais, hoje imaginar essas coisas é fichinha. Queria ver nos anos 50, quando Flash Gordon e seus companheiros inventaram – aquilo sim, ousada criatividade! – aquelas viagens fantásticas.
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