De tanto amor minha vida se tingiu de violeta
e fui de rumo em rumo como as aves cegasaté chegar a tua janela, amiga minha:
tu sentiste um rumor de coração quebrado
e ali da escuridão me levantei a teu peito,
sem ser e sem saber fui à torre do trigo,surgi para viver entre tuas mãos,
me levantei do mar a tua alegria.
Ninguém pode contar o que de te devo, é lúcido
o que te devo, amor, e é como uma raiznatal de Araucânia, o que te devo, amada.
É sem dúvida estrelado tudo o que te devo,
o que te devo é como o poço de uma zona silvestreonde guardou o tempo relâmpagos errantes.
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