Renato Rabelo: “Enfrentar os ataques do conservadorismo”
A Comissão Política Nacional do PCdoB reuniu-se em São Paulo nesta segunda-feira (17) para analisar a situação atual e iniciar o debate em torno do projeto político eleitoral do Partido para 2014.
O
presidente nacional do Partido, Renato Rabelo, ao fazer a abertura da
discussão, partiu das decisões tomadas na última reunião do Comitê Central de
24 de novembro. Citando o documento "Mobilizar a Nação pelo
Desenvolvimento e a Democracia", o líder comunista reafirmou que a direção
partidária adotou resoluções justas e consentâneas com a realidade brasileira.
Rabelo
afirmou que "não podemos subestimar o sistema de oposição institucional e
a mídia monopolizada brasileira que tramam para interromper o ciclo político
inaugurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003".
Com
este objetivo, na opinião do presidente do PCdoB, estas forças oposicionistas
tentam desacreditar a liderança de Lula, procuram reescrever a história recente
do país e empreendem um esforço para desqualificar as justas medidas tomadas
pela presidenta Dilma Rousseff no sentido de enfrentar no país os reflexos da
crise do capitalismo que varre o mundo desde 2008.
De
acordo com Renato Rabelo, as forças progressistas e democráticas estão diante
de duas tarefas: enfrentar os ataques do conservadorismo e deslindar um caminho
próprio do Brasil para enfrentar a crise.
Os
setores direitistas – que dão voz ao sistema rentista contrariado pelas
decisões recentes da política macroeconômica adotada pelo governo – querem
criminalizar o que chamam de "lulopetismo" para tentar se recuperar
das grandes derrotas eleitorais e políticas sofridas pelos partidos
oposicionistas (PSDB, DEM, PPS) nas eleições deste ano.
Desta maneira, prosseguiu Renato Rabelo, a oposição de direita faz movimentos táticos no sentido de desviar o centro de sua atuação para o campo jurídico-institucional, criminalizando a política, os partidos progressistas e as maiores lideranças atuais do Brasil – o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Rabelo lembrou que segundo as pesquisas mais recentes, divulgadas no último fim de semana, o apoio popular a estas lideranças não para de crescer.
Desta maneira, prosseguiu Renato Rabelo, a oposição de direita faz movimentos táticos no sentido de desviar o centro de sua atuação para o campo jurídico-institucional, criminalizando a política, os partidos progressistas e as maiores lideranças atuais do Brasil – o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Rabelo lembrou que segundo as pesquisas mais recentes, divulgadas no último fim de semana, o apoio popular a estas lideranças não para de crescer.
No afã
de judicializar o quadro político nacional, a oposição vislumbra um sistema em
que o Judiciário é o vértice da pirâmide e os outros dois poderes a ele devem
se submeter. Com a decisão desta segunda-feira do Supremo Tribunal Federal de
concluir a votação pela cassação dos mandatos de três parlamentares da Câmara
dos Deputados, esta disputa constitucional poderá se elevar a um novo e
perigoso patamar.
Vai se
criando, diz Renato, um ambiente de medo e instabilidade, num processo parecido
com o que se instalou no auge da Guerra Fria nos Estados Unidos com o
Macartismo.
A
vulgarização da delação premiada cria uma reação em cadeia, promovendo a
insegurança jurídica e a instabilidade institucional. Enquanto isso, no plano
econômico, Renato Rabelo constata que a construção de um novo modelo de
desenvolvimento está a exigir um novo pacto político. Com a queda sucessiva da
taxa de juros no Brasil, a adoção de uma política de câmbio administrado e de
desestímulo ao capital especulativo, as novas regras da poupança e os estímulos
à produção industrial e ao consumo, estão sendo criadas as bases para a mudança
da lógica da formação do lucro no país, afirma Rabelo. Todas estas e outras
medidas governamentais desencadearam forte reação do rentismo, capitaneadas
pelos editoriais dos jornalões da mídia conservadora e até da revista inglesa
The Economist, que pediu a cabeça do atual ministro da Fazenda Guido Mantega.
É por
isso tudo que a oposição concentra seus ataques em Lula, na presidenta Dilma e
luta para alterar a política macroeconômica do governo. Da parte das forças
progressistas, insistiu Renato, é preciso destravar a desconfiança que ainda se
encontra no setor empresarial. Com a política de redução do custo da energia
elétrica adotada por Dilma, foi possível uma aproximação da Fiesp, por exemplo,
com o governo. Os trabalhadores e suas centrais sindicais, por seu turno,
também deverão se mobilizar para apoiar estas medidas que favorecem a população
e a indústria, instou Renato.
Neste
quadro o PCdoB, segundo Renato Rabelo, tem uma responsabilidade histórica de
barrar o retrocesso e a investida reacionária que procura ganhar expressão. A
presidenta Dilma merece apoio na luta para que o Brasil atinja um novo patamar
de desenvolvimento nacional.
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