09 outubro 2017

Imposição ideológica

O futuro
Eduardo Bomfim, no Vermelho

O mais danoso dos males com a Nova Ordem global, o Mercado financeiro, que capturou de forma hegemônica múltiplas organizações internacionais, tem sido a ditadura do pensamento único que se expressa através de conceitos do chamado “politicamente correto”.

O exercício desse poder, com uma mão de ferro, é extremamente perigoso porque invisível, não tem sede nem é eleito pelo voto de nenhum cidadão do planeta e transformou-se em um tipo de autoritarismo sem precedentes na História contemporânea. Seria o sonho do Reich dos mil anos que Hitler pensou mas não conseguiu executar em decorrência da tenaz resistência dos povos durante a 2a Guerra Mundial.

Tal projeto exerce-se via grande mídia que impõe diuturnamente uma profusão de conceitos e versões sobre os fenômenos políticos e sociais coadunados à agenda do Mercado e seus interesses de rapina.

O objetivo é a ruptura das identidades nacionais, a criminalização das formas de enfrentamento ao rentismo canibalesco, a divisão das sociedades em grupos que competem uns contra os outros, a dissociação do bem comum que caracteriza o sentimento de pertencimento e identidade a uma comunidade nacional.

Instalou-se o individualismo mais pragmático de grupos ou subgrupos contra os demais segmentos sociais que não expressam os seus próprios interesses corporativos, constituindo-se “bolhas” de tribos atomizadas desprovidas de valores mais avançados de uma comunidade.

A desconstrução dos instrumentos constitutivos do Estado nação tornou-se uma prática corriqueira visando quebrar as formas que a sociedade entende como referência para a sua representatividade, criminalizando-as, visando torná-las abomináveis aos olhos da população.

A crise estrutural brasileira é parte desse intuito macabro, enquanto o patrimônio nacional, estatal e financeiro, é dilapidado brutalmente.

Só a reconstrução das estruturas republicanas sob novas bases podem apresentar outro rumo ao País e à própria democracia, desfigurada, faz um bom tempo, para além da ópera bufa do governo Temer.

O Brasil necessita urgentemente de novos caminhos que só podem surgir através de um tipo de estadismo e um projeto de nação que dê protagonismo e sentido fundamentais a um grande povo que tem todas as condições de cumprir o seu destino de sociedade original, solidária e soberana.

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