18 junho 2006

Fred 04 minutos


No jogo de hoje, Brasil x Austrália, Fred teve apenas 4 minutos para entrar na história da Copa do Mundo, ao fazer o segundo gol do time brasileiro no finzinho. Estava no lugar certo, no momento certo - como aliás costumava fazer desde quando atuava no Cruzeiro, de Belo Horizonte. Como futebol não é matéria a ser tratada dentro dos padrões mínimos de racionalidade, pelo menos entre nós brasileiros, não faltará quem fale de sorte, de vocação sobrenatural ou de predestinação de artilheiro. Pode anotar: nos próximos jogos, se o gol demorar a sair, muita gente vai pedir que Parreira bote o Fred, inclusive muitos dos que hoje – no grupo familiar que via o jogo pela televisão aconteceu – perguntavam: “Quem é esse Fred?”, sem saber que o centroavante do Lion, da França, foi o principal goleador do penúltimo campeonato brasileiro.

Na luta política também é assim. Engels chegou a escrever sobre a importância do acaso no desencadeamento de movimentos transformadores, numa determinada conjuntura. Também não são poucos os casos registrados em nossa própria história de fatos aparentemente fortuitos que funcionaram como detonadores de uma mudança no quadro político. Idem em campanhas eleitorais, que tiveram ser curso inesperadamente alterado. Vale acompanhar atentamente o evolver dos acontecimentos.

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