20 junho 2006

O pardal e o poeta


Às voltas com o ofício de botar as idéias em ordem, em meio à turbulência de uma agenda mais do que carregada, a surpresa de ver um pássaro minúsculo pousar no parapeito da janela do escritório e fugir apressado. Nem deu para distinguir – parecia um pardal. De pronto vem à mente o poema de Vinícius:

A um passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.

Deixa-te de histórias
Some-te daqui!

Beleza dos versos do poeta à parte, bem que preferia que o pardal – era mesmo um pardal? – voltasse para quebrar a monótona seqüência das anotações feitas com o único objetivo de dar coerência às atividades programadas para esse meio de semana.

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