Na Carta Maior (www.cartamaior.com.br): Tucanos acreditavam que a melhor forma de combater a corrupção era reduzindo o tamanho do Estado. Para cumprir esse projeto, não se importaram em fazer vistas grossas ao que ocorria no interior e no entorno do governo federal.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus seguidores do PSDB e do PFL não se cansam de apontar o governo Lula como conivente com a corrupção, que teria alcançado, segundo eles, uma escala jamais vista na história do país. A favor dessa acusação contam com o espetáculo das denúncias que ocorreram na atual gestão do governo federal. Da renovação do contrato da Caixa Econômica Federal com a multinacional Gtech (Caso Waldomiro Diniz) às licitações fraudulentas para compra de ambulâncias com recursos do Orçamento Federal (Esquema das Sanguessugas). Passando pelos repasses ilegais de recursos a partidos e parlamentares, a pedido de dirigentes do PT, por intermédio de um lobista, proprietário de uma agência de publicidade contratada pelo governo federal (Mensalão). Sem falar na frustrada tentativa de compra de um dossiê com recursos de origem desconhecida para atacar candidatos tucanos na campanha eleitoral (Caso Dossiê).Contra a avaliação da oposição, ministros do atual governo arrolam o diagnóstico feito pelo insuspeito ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles na prestação de contas realizada no ano passado e publicada este ano pela Escola Superior do Ministério Público da União sob o título “Visão do Biênio 2003 – 2005”. Para ele, o afloramento dos casos de corrupção no atual governo foi uma decorrência de um inédito processo de interação entre os serviços de investigação da administração pública e o Ministério Público Federal. “O que acontece é que, pela primeira vez interagindo as instâncias governamentais de investigação e o MPF, a corrupção acumulada por décadas vem à mostra. (...) incisão é feita no tecido social apodrecido e o pus da corrupção é posto para fora, a olhos vistos”, reconhece Fonteles, registrando que o governo anterior alimentava o antagonismo entre essas instituições.
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