25 novembro 2006

Para Jackson Lago, PDT deve ''se filiar'' à corrente pró-Lula

No Vermelho: O governador eleito do Maranhão, Jackson Lago, opina que seu partido, o PDT, deve apoiar o governo Lula. ''Esperamos que ele se filie a essa corrente'', declarou ele para o Vermelho, após fazer uma visita de cortesia à reunião do Comitê Central do PCdoB, em São Paulo.

Jackson Lago não defende a participação do PDT no governo. ''Não, nós entendemos que o partido deve declarar que quer contribuir para o desenvolvimento dessa tese'', afirma, referindo-se ao crescimento com distribuição de renda. Mas agrega que, ''se for convidado'' a participar do governo Lula, o PDT ''deverá fazê-lo''.

Lago deve ser uma voz bastante ouvida na reunião que a direção do PDT realiza na próxima terça-feira (28). Ele vem de vencer a senadora Roseane Sarney em um memorável segundo turno no Maranhão. Além deste feito, é, ao lado do também maranhense Neiva Moreira, uma das grandes figuras remanescentes do histórico Encontro de Lisboa, em que Leonel Brizola lançou as bases do partido, ainda antes de Anistia de 1979.

O governador eleito do Maranhão, que se encontra em São Paulo para exames de rotina de saúde, foi convidado a visitar a direção do PCdoB por Flávio Dino, deputado federal eleito pela legenda dos comunistas. A reunião interrompeu seus trabalhos para o presidente da sigla, Renato Rabelo, expor seu ''apreço e admiração'' pelo visitante. Renato também expôs a Lago a batalha crucial em que o PCdoB e a causa da democracia se acham envolvidos, contra a cláusula de barreir, ''esse resto de entulho autoritário''.

Jackson Lago hipotecou forte e inequívoca solidariedade à luta proposta por Renato. Julga a derrubada das barreiras à liberdade partidária como uma necessidade, ''para que o país não perca este símbolo de sua vida político-partidária que é o PCdoB''. Para eles, o PCdoB ''não apenas tem história, mas é um símbolo para outras organizações partidárias que defendem o povo trabalhador''.

Ele concordou com os presentes que ''um partido como o PCdoB não pode se fundir, porque tem raízes, porque tem história''. E agregou: ''O nosso país precisa disso, precisa de coerência, precisa de princípios''.

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