18 novembro 2007

Um oceano de ouro negro

Carta Capital:
Novas descobertas darão ao Brasil uma posição privilegiada
. A descoberta de Tupi – um campo gigante de gás e petróleo ao largo do litoral paulista, a 280 quilômetros de Santos – não elimina o risco imediato de escassez de energia, mas também não pode ser reduzida a um blefe publicitário. Debaixo de 2 mil metros de água e mais 4 mil de subsolo, incluindo uma camada de sal que representa um desafio extra à tecnologia e aos equipamentos da Petrobras, só começará a produzir entre 2011 e 2014 e exigirá investimentos da ordem de 40 bilhões de dólares. A longo prazo, pode significar, porém, um salto de qualidade nas perspectivas estratégicas do País.
. As novas descobertas fazem o Brasil avançar vários postos na classificação dos maiores detentores de reservas de petróleo. Até outubro, estava em 16º lugar, entre Argélia e Angola. Os 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo equivalente de Tupi (incluindo gás, mas basicamente petróleo leve, de boa qualidade) elevam as reservas brasileiras ao 11º ou 12º lugar. É o maior desde 2000, quando foi descoberto o campo de Kashagan (no Mar Cáspio do Cazaquistão), de 10 bilhões de barris. A exploração desse campo, segundo a Petrobras, seria rentável mesmo que o barril voltasse a cair para 35 dólares – hipótese aparentemente improvável.

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