16 novembro 2009

Vendo o apagão com sensatez e equilíbrio

No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
O crescimento e o apagão

Na noite da terça para quarta-feira passada houve uma interrupção do fornecimento de energia em vários Estados, principalmente os sulistas, ocasionada pela ação de tempestades sobre redes de transmissão elétrica.

As forças de oposição ao governo do presidente Lula já tomaram a iniciativa de propor no Congresso Nacional uma “CPI do apagão”. O que significa afirmar que o episódio possui causas estruturais e não decorrentes de um acidente como o de intensos raios sobre a região.

A oposição está no seu papel de oposição, mas ela precisa estar bastante respaldada em bases científicas para poder concluir pela versão de uma crise no abastecimento de energia no País semelhante aos blecautes do final dos anos noventa.

Naquela época houve a confissão às claras de que o Brasil estava profundamente defasado em relação à sua produção energética o que poderia inviabilizar o crescimento industrial e econômico nacional. De lá para cá houve um maciço investimento e modernização no setor por parte do governo federal.

Mas a grande verdade é que os segmentos de oposição encontram-se muito incomodados com os altos índices de aprovação popular do presidente da República, índices que crescem imunes aos sistemáticos ataques que aparentam forte dose de desespero e instabilidade política. No entanto, a oposição ao governo não pode em absoluto ser subestimada porque tem uma grande capacidade de fogo, encorpado engajamento social e ideológico, embora minoritário.

Mas o que salta aos olhos de todos é o forte apoio da grande mídia nacional hegemônica global que já não mais informa, produz sistemáticos ataques, totalmente engajada no campo da oposição.

Uma das principais comentaristas de economia e política dessa referida mídia passou, dias atrás, um verdadeiro pito na oposição considerando-a vacilante e sem rumo, saindo-se com a frase que no Brasil estava havendo governo demais e oposição de menos. Daí em diante aumentou o grau de irritabilidade oposicionista, FHC lançou um histriônico manifesto, Caetano Veloso chamou Lula de analfabeto etc. Nesse tiroteio, todo o produto interno bruto nacional (PIB) cresceu em torno de 8% e 10% no último trimestre. Cresceu em ritmo chinês dizem as publicações especializadas.

Assim, sem plataforma alternativa, as oposições estão mesmo sem rumo, sem grandes perspectivas e alimentam, aqui e ali, sonhos golpistas.

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