Renascimento
Eu não quero ir comigo
conheço esse itinerário.
Quero entrar noutras trilhas
sem roteiro nem glossário
dar saltos soltos na vida
quebrar o fio do rosário.
Não é cansaço da vida
estou cansado de mim
por isso não ir comigo
não é decisão ruim.
Que ninguém me acompanhe
já que eu farei assim.
Romper as rotas rotinas
manuais e mandamentos
dogmas cercas bitolas
refrões e balizamentos
cortinas e maquiagens
e todos seus complementos.
Voar como um passarinho
aos céus aos astros à luz
seguir os rumos do vento
até onde ele conduz
com a face exposta ao tempo
olhos abertos e nus.
Não ser avestruz na vida
é a senha da viagem
que não é salto no escuro
mas um voo de coragem
os pés plantados na terra
e os sonhos na bagagem.
Bagagem pra ser aberta
como sombrinha ou baralho
flor que nasce na campina
bebendo o sumo do orvalho
arco-íris de mil cores
na brincadeira e no malho.
Bagagem de muitas coisas
matulão de muitas luas
desejos engatilhados
bandeiras minhas e tuas
desesperos e esperanças
que se recolhem nas ruas.
No voo alto eu verei
meus rumos de até então
como pontinhos pequenos
no olho da imensidão
e só assim poderei
pisar de novo no chão.
Voltarei já renascido
com as voltagens mexidas
os meus passos se cruzando
com os passos de outras vidas
as ebulições do mundo
presentes nas avenidas.
Então poderei dizer:
vamos juntos companheiros!
A viagem não é minha
e vem de muitos janeiros
vamos inventar estradas
e munir nossos celeiros.
Eu não quero ir comigo
conheço esse itinerário.
Quero entrar noutras trilhas
sem roteiro nem glossário
dar saltos soltos na vida
quebrar o fio do rosário.
Não é cansaço da vida
estou cansado de mim
por isso não ir comigo
não é decisão ruim.
Que ninguém me acompanhe
já que eu farei assim.
Romper as rotas rotinas
manuais e mandamentos
dogmas cercas bitolas
refrões e balizamentos
cortinas e maquiagens
e todos seus complementos.
Voar como um passarinho
aos céus aos astros à luz
seguir os rumos do vento
até onde ele conduz
com a face exposta ao tempo
olhos abertos e nus.
Não ser avestruz na vida
é a senha da viagem
que não é salto no escuro
mas um voo de coragem
os pés plantados na terra
e os sonhos na bagagem.
Bagagem pra ser aberta
como sombrinha ou baralho
flor que nasce na campina
bebendo o sumo do orvalho
arco-íris de mil cores
na brincadeira e no malho.
Bagagem de muitas coisas
matulão de muitas luas
desejos engatilhados
bandeiras minhas e tuas
desesperos e esperanças
que se recolhem nas ruas.
No voo alto eu verei
meus rumos de até então
como pontinhos pequenos
no olho da imensidão
e só assim poderei
pisar de novo no chão.
Voltarei já renascido
com as voltagens mexidas
os meus passos se cruzando
com os passos de outras vidas
as ebulições do mundo
presentes nas avenidas.
Então poderei dizer:
vamos juntos companheiros!
A viagem não é minha
e vem de muitos janeiros
vamos inventar estradas
e munir nossos celeiros.
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