14 setembro 2013

Eles só pensam naquilo...

Analistas discutem a evolução da economia, do ponto de vista dos investidores no mercado financeiro. Produção e emprego, para eles, são detalhes... E sob essa ótica, avaliam que o pior já passou. Ou seja: a retomada que era exageradamente gradual, dá sinais de que pode pegar ritmo.
 
Isto com base em dados divulgados pelo Banco Central, na última sexta-feira: o IBC-Br, índice tomado como prévia do PIB calculado pelo IBGE, caiu em 0,33% em julho. Nada mal, dizem esses analistas, por se esperavam uma redução de 0,6% no período.

Tal como se verificou com o PIB no segundo trimestre (alta de 1,5%) e com as vendas no varejo em julho (alta de 1,9%), o IBC-Br, apesar da variação negativa em julho, indica que o ritmo da economia no terceiro trimestre será menor do que no segundo, com um elemento animador, entretanto: a alta das vendas do comércio verificada em julho deve reduzir as preocupações com o desempenho do consumo, mas não constitui novo ritmo de expansão. Para os próximos meses, a evolução tanto da confiança do consumidor (que se recuperou em agosto, mas está em nível bastante reduzido) e da inflação (que atingiu a mínima em meados do ano) serão importantes para a dinâmica do consumo, assim como o mercado de trabalho, segundo economistas do banco Bradesco em relatório enviado a clientes, citado no portal G1.
 
Tudo isso para justificar a defesa de juros mais elevados, que remunerem mais generosamente o dinheiro investido de fora (concorrendo com as vantagens ora oferecidas pelos EUA, por exemplo).

Destravar a produção e consumo via recuperação da poupança nacional e do investimento em infraestrutura não passa pela cabeça desses analistas. Porque só pensam na usura.

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