Com Dilma e sem pressa no plano estadual
Mesmo cauteloso, Luciano Siqueira admite que o PCdoB ficará mesmo com a reeleição da petista na disputa presidencial
Por Jumariana
Oliveira
O
vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira (PCdoB) admite que seu partido pedirá
mesmo votos para a presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição do próximo ano,
mesmo com a possibilidade aberta da candidatura do governador Eduardo Campos
(PSB), que teve participação direta na escolha do seu nome para compor a chapa
majoritária do prefeito Geraldo Julio (PSB) em 2012.
O comunista reforçou nesta semana
as declarações do presidente estadual do PCdoB, Alani Cardoso, que num ato do
PT defendeu abertamente a reeleição de Dilma. “Não rompemos com o PT e jamais
vamos romper”, afirmou.
Mesmo cauteloso, Siqueira disse que
ainda não sabe o caminho que o PCdoB de Pernambuco irá tomar na eleição de
2014, mas lembrou que o partido está com o PT no plano nacional desde a eleição
de 1989.
“Temos essa aliança, participamos
do governo, temos interlocução permanente com Dilma, opinamos sobre os rumos do
governo e acabamos de realizar um congresso no qual fizemos um balanço dos
últimos dez anos, e concluímos que o País avançou muito nesse período.
Defendemos com muita coerência a unidade das forças que ajudaram ou ajudam a
construir esse projeto de mudança do País”, declarou. O vice-prefeito disse que
o presidente do seu partido não está errado, mas destacou que ainda “há um
longo caminho pela frente.”
O comunista garantiu que se tiver
que defender a reeleição da presidente e Dilma, o governador Eduardo Campos irá
compreender a sua posição. “Eduardo tem uma enorme consciência. Nossa relação
com ele é excelente, tanto que deseja nosso apoio, mas se não puder, ele saberá
conviver com nossa posição, sem atritos”, comentou.
Siqueira foi vice-prefeito do
Recife nas duas gestões do ex-prefeito João Paulo (PT), mas em 2012 preferiu
seguir com o socialista Geraldo Julio, em detrimento à postulação do senador
Humberto Costa. Alegando que seu partido nunca rompeu com o PT, o comunista
disse que no pleito municipal, a situação foi isolada. “O PT deveria ter
liberado a reeleição de João da Costa, mas havia uma crise interna que lhe
tirou a condição de liderar a Frente Popular, por isso marchamos com o PSB”,
comentou.
Siqueira alegou que, no atual
cenário, o indicativo é pela reeleição da presidente Dilma, mas destacou que no
plano estadual as alianças podem seguir caminhos diferentes. Como exemplo, citou
a postulação de Flávio Dino (PCdoB) ao governo do Maranhão. O comunista poderá
ter o apoio do PSB. “Podemos pedir voto para quem apoia nossa candidatura ou
podemos abrir palanques duplos”, avaliou.
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