18 dezembro 2013

A palavra instigante de Jomard

Paul Klee
DEZEMBRO em TRANSversalidades
Jomard Muniz de Britto, jmb.

Ninguém consegue escapar das celebrações.
Tão familiares quanto consumistas.
Sejamos todos indocilmente tatuados.
Se a realidade das margens nos remete
às impossibilidades do REAL, da fome mais
febril e da estupidez da morte, o q fazer?
A estética da miséria terceiro mundista
ainda nos assola e até nos consola?
É proibido perguntar pela estetização do
Sonho? Quando o azul mais TRANSparente
de Carlos Pena Filho transferiu-se para
ERA UMA VEZ, EU, VERÔNICA.
Vamos continuar apostando no TRANS,
transes, transformatividades de Laerte.
Sintomas de nossa libido em TRANS-
figurações narrativas. HQ por todos.
Por onde anda LOLA, A ANDORINHA?
Procurando por Fininha em Clécio?
Transferências nas escritas, nas falas,
nos sons circulando entre citações.
Matrizes em matizes de McLuhan
transbordando cães, mares e mortais.
Em dezembro tudo pode ser bem mais
SIMBÓLICO sem apelos simbolistas.
Todos os frutos transnarcísicos
pelo IMAGINÁRIO sem confins do
êxtase na fruição corpo a corpo.
MAMA ÁFRICA reinventada por Chico
César entre Mandela e uma cigana
analfabeta lendo a mão de Paulo
Freire e as mães de Pindorama.
Precisamos reler o livro de poemas
de Marcelo Pereira: TATUAGEM.
Mas tudo continua EM TRÂNSITO
pelo cineasta Marcelo Pedroso
no curta mais transtornador
em nossa política de redes e
redemoinhos.
Dezembro TRANSmutando rotinas
em roteiros da amorosidade.

Recife, 2013.
atentadospoeticos@yahoo.com.br   

Nenhum comentário: