A crise e a crise dos grandes partidos
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portalne10
Se o tempo é de impasses e instabilidade em todas as esferas da sociedade, especialmente nos chamados três poderes da República, natural que os partidos políticos estejam chamuscados. Deveriam cumprir um papel que em geral não cumprem. E sofrem — os grandes partidos detentores de bancadas numerosas no Senado e na Câmara dos Deputados — corrosão externa e interna.
As causas imediatas estão na própria crise que esgarça a sociedade brasileira e tem na esfera institucional uma dos seus principais fatores.
O Executivo, sob o comando de um reles negocista e envolto em comprovadas denúncias de corrupção e afins, não ultrapassa 5% de aprovação junto à população. Cumpre uma agenda absurdamente contra o povo e a nação, urdida e manipulada pelo Mercado em consórcio com a banda mais oligárquica da tupiniquim.
O Judiciário, alçado indevidamente a uma hegemonia por todos os títulos prejudicial ao equilíbrio dos poderes da República, perde credibilidade na mesma velocidade com que se deixa envolver com interesses partidários e de grupos.
E o Legislativo, cujos membros das suas duas instâncias federais, na maioria, se encontram sub judice e amargam crescente desconfiança por parte dos eleitores, permanece entre sem paralisado e na defensiva, tendo como pauta essencial o conluio com a presidência da República.
Nessas circunstâncias, não surpreende que próceres dos grandes partidos reconheçam de público a crise interna que enfrentam, aliada ao desgaste externo.
Entre as causas de suas agonias há que se incluir o próprio sistema partidário e eleitoral caduco, eivado de cívicos em geral associados à influência do poder econômico.
Mais apegados a interesses nem sempre confessáveis e de descortino imediatista e pouco afeitos a compromissos programáticos, distanciam-se dramaticamente das condições de responderam aos desafios ora postos.
Assim, forçoso é reconhecer que adiante, conquistadas as condições políticas de superação da multifacetada crise em que o país se vê mergulhado, a agenda política há que incluir uma verdadeira reforma do sistema partidário e eleitoral, para muito além das mini reformas que nos últimos anos têm se sucedido.
Os partidos no Brasil só alcançarão outro patamar e real legitimidade quando, de fato, se converterem em organizações programáticas e nitidamente representativas de classes e segmentos de classes.
Disso também depende a construção da democracia em bases minimamente conscientes e estáveis.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portalne10
Se o tempo é de impasses e instabilidade em todas as esferas da sociedade, especialmente nos chamados três poderes da República, natural que os partidos políticos estejam chamuscados. Deveriam cumprir um papel que em geral não cumprem. E sofrem — os grandes partidos detentores de bancadas numerosas no Senado e na Câmara dos Deputados — corrosão externa e interna.
As causas imediatas estão na própria crise que esgarça a sociedade brasileira e tem na esfera institucional uma dos seus principais fatores.
O Executivo, sob o comando de um reles negocista e envolto em comprovadas denúncias de corrupção e afins, não ultrapassa 5% de aprovação junto à população. Cumpre uma agenda absurdamente contra o povo e a nação, urdida e manipulada pelo Mercado em consórcio com a banda mais oligárquica da tupiniquim.
O Judiciário, alçado indevidamente a uma hegemonia por todos os títulos prejudicial ao equilíbrio dos poderes da República, perde credibilidade na mesma velocidade com que se deixa envolver com interesses partidários e de grupos.
E o Legislativo, cujos membros das suas duas instâncias federais, na maioria, se encontram sub judice e amargam crescente desconfiança por parte dos eleitores, permanece entre sem paralisado e na defensiva, tendo como pauta essencial o conluio com a presidência da República.
Nessas circunstâncias, não surpreende que próceres dos grandes partidos reconheçam de público a crise interna que enfrentam, aliada ao desgaste externo.
Entre as causas de suas agonias há que se incluir o próprio sistema partidário e eleitoral caduco, eivado de cívicos em geral associados à influência do poder econômico.
Mais apegados a interesses nem sempre confessáveis e de descortino imediatista e pouco afeitos a compromissos programáticos, distanciam-se dramaticamente das condições de responderam aos desafios ora postos.
Assim, forçoso é reconhecer que adiante, conquistadas as condições políticas de superação da multifacetada crise em que o país se vê mergulhado, a agenda política há que incluir uma verdadeira reforma do sistema partidário e eleitoral, para muito além das mini reformas que nos últimos anos têm se sucedido.
Os partidos no Brasil só alcançarão outro patamar e real legitimidade quando, de fato, se converterem em organizações programáticas e nitidamente representativas de classes e segmentos de classes.
Disso também depende a construção da democracia em bases minimamente conscientes e estáveis.
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