A ousadia consequente do PCdoB
Luciano Siqueira, no portal Vermelho
Em geral — em situação de crise, sobretudo — não há solução fácil na luta política. Nem a salvo de riscos.
Coragem é preciso, sem perder a perspectiva. Mantendo “as quatro patas fincadas na realidade”, como dizia Pleckanov.
Nas atuais circunstâncias, cada gesto há que reforçar a construção de ampla conjugação de forças destinada a vencer a trama golpista e recuperar a iniciativa em favor da nação e do povo.
Mas no meio do caminho há algumas pedras.
As forças em presença, do PT a agremiações menos influentes, ainda titubeiam quanto à exata da dimensão da derrota sofrida com o impeachment da presidenta Dilma e os desafios atuais.
Ainda vivem o que se pode chamar de "fase preliminar da resistência" — em que cada um reage como pode e considera possível, sem uma convergência mais ampla e plural de ideias e vontades.
Assim se apresentam as pré-candidaturas de Lula, pelo PT e de Ciro Gomes, pelo PDT, e de resto outras pré-candidaturas cogitadas no campo democrático e à esquerda.
Todas legítimas, sem dúvida, mas ainda carentes de descortino.
Não bastam a denúncia dos absurdos jurídico-políticos praticados pela Operação Lava Jato e a defesa do legado dos dois governos Lula e do primeiro governo Dilma.
Luciano Siqueira, no portal Vermelho
Em geral — em situação de crise, sobretudo — não há solução fácil na luta política. Nem a salvo de riscos.
Coragem é preciso, sem perder a perspectiva. Mantendo “as quatro patas fincadas na realidade”, como dizia Pleckanov.
Nas atuais circunstâncias, cada gesto há que reforçar a construção de ampla conjugação de forças destinada a vencer a trama golpista e recuperar a iniciativa em favor da nação e do povo.
Mas no meio do caminho há algumas pedras.
As forças em presença, do PT a agremiações menos influentes, ainda titubeiam quanto à exata da dimensão da derrota sofrida com o impeachment da presidenta Dilma e os desafios atuais.
Ainda vivem o que se pode chamar de "fase preliminar da resistência" — em que cada um reage como pode e considera possível, sem uma convergência mais ampla e plural de ideias e vontades.
Assim se apresentam as pré-candidaturas de Lula, pelo PT e de Ciro Gomes, pelo PDT, e de resto outras pré-candidaturas cogitadas no campo democrático e à esquerda.
Todas legítimas, sem dúvida, mas ainda carentes de descortino.
Não bastam a denúncia dos absurdos jurídico-políticos praticados pela Operação Lava Jato e a defesa do legado dos dois governos Lula e do primeiro governo Dilma.
Também em nada ajudam escaramuças entre partidos aliados.
Nesse contexto, o PCdoB, que tem avançado em abordagem consistente e multilateral da situação e sugerido elementos de um novo rumo para o país — conforme o projeto de resolução política do seu 14° Congresso — sente-se no dever de comparecer ao debate com voz própria.
E o faz a um só tempo com ousadia e consequência, apresentando a pré-candidatura da deputada gaúcha Manuela D'Avila, uma liderança jovem e talentosa, curtida em inúmeras pelejas e competente defensora da linha programática e tática do seu partido.
Manuela encarna, nesse instante, a dupla face da postura tática do PCdoB: a afirmação de suas opiniões próprias e a busca incessante de uma frente ampla de caráter popular e progressista.
Acrescenta conteúdo ao debate sucessório, arregimenta forças, reacende esperanças e dialoga positivamente com as demais pré-candidaturas do mesmo campo político.
De outra parte, não divide nem dispersa energias na construção de variadas alianças em âmbito dos estados — cujas realidades multifacetadas refletem a complexidade da sociedade brasileira.
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