Cá na província, no plano meramente municipal, a gente vive isso, imagine quando se trata de mudanças no ministério. Todos sabem que haverá mudanças, que é necessário cumprir rodadas de negociações com os partidos coligados e que não se pode antecipar definições antes de concretizados os entendimentos, sob pena de desencontros que podem ser fatais.
Mas a imprensa precisa informar. E pressiona por informações antecipadas, que os próprios repórteres e editores não estão disponíveis.
É aí que entram os boatos, acolhidos com tanta facilidade por repórteres sequiosos de escreverem qualquer coisa que faça algum sentido.
Entram em cena também os diversionistas – aqueles escalados pelo governante para literalmente encherem lingüiça enquanto os entendimentos prosseguem. Diversionistas tratam de despistes.
O ministro Tarso Genro parece ser o escalado de Lula para a tarefa. Diariamente fala coisas que têm sentido mas que nada esclarecem sobre a futura composição do ministério. É o papel que lhe cabe.
Hoje os jornais registram uma declaração de Genro que entra para antologia do mister: “Não se trata de uma revolução ministerial, mas uma reforma que tem por objetivo estabilizar a coalizão de governo e dar cumprimento ao PAC.”
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