26 outubro 2013

Crise dos EUA & transição global

Outono no Império
Eduardo Bomfim, no Vermelho


Há dois grandes fenômenos mundiais que estão sacudindo a realidade em que vivem os povos em todas as latitudes, cujas consequências deverão alterar o atual contexto geopolítico planetário.

O primeiro tem sido o desembestado declínio econômico dos Estados Unidos imbricado à crise estrutural financeira capitalista global. O segundo, trata-se da agressiva política norte-americana, do grande capital, do pensamento único do mercado, na tentativa de frear essa tendência que parece irreversível.

Em curto espaço de tempo os Estados Unidos tem passado por múltiplas ondas de choques em seus fundamentos econômicos, culminando recentemente no impasse institucional acerca da elevação no próprio teto do orçamento interno, associado à sua astronômica dívida pública, dividindo ao meio as poderosas elites norte-americanas.

Essa crise estadunidense, econômica, política, social, da sua política externa, chegou a tal nível de grandeza que os chineses, normalmente silenciosos, talhados por milênios na sabedoria pragmática da prudência verbal, nos ensinamentos de Confúcio, resolveram afirmar dias atrás que “chegou a hora de constituir uma nova ordem mundial multipolar baseada na consolidação de polos geoeconômicos regionais”.

E diante do vexame semana passada entre Republicanos e Democratas sobre a votação do orçamento em referência à dívida dos Estados Unidos, especialistas europeus, norte-americanos disseram que as finanças mundiais tendo o dólar como moeda padrão “tornaram-se perigosamente instáveis”.

O que deve levar a acidentes financeiros trágicos, mas os Estados Unidos longe de tentarem novo caminho aumentam o poder bélico de suas tropas no mundo, resolvem ampliar a campanha ideológica da mídia global contra os BRICS, cujo alvo atual tem sido o Brasil utilizando-se, inclusive, das redes sociais.

Incentivando através de estratégias já usadas em outros Países, como uma espécie de laboratório de campo, convulsões psicossociais contínuas com o intuito de assegurar o condomínio financeiro-midiático-neoliberal oligárquico no País, evitar a construção de um projeto nacional de desenvolvimento com transformações sociais profundas, evitar o exercício de liderança solidária do Brasil junto aos novos polos geopolíticos regionais em contraponto ao anunciado outono do império.

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