Por Renato Rabelo*, em seu blog
O discurso da contenção de gastos públicos
serve somente para abarcar uma parcela do orçamento da União. O frenesi
antidesenvolvimentista não atinge os interesses do sistema financeiro sobre o
nosso orçamento.
Esse é apenas um dos raciocínios passiveis de argumento para explicar a febre neoliberal posta adiante pelo braço midiático do capital rentista como forma de legitimar a ação do outro braço, institucional, desta classe: o Banco Central do Brasil.
Esse é apenas um dos raciocínios passiveis de argumento para explicar a febre neoliberal posta adiante pelo braço midiático do capital rentista como forma de legitimar a ação do outro braço, institucional, desta classe: o Banco Central do Brasil.
Daí a taxa de juros subir
de 9,5% para 10% não ser nenhuma surpresa. Para fins orçamentários é bom anotar
que a cada 1% de aumento da taxa Selic aumenta-se em R$ 12 bilhões a fatia
anual do erário público voltado ao pagamento das obrigações da dívida pública.
No mês de abril esta taxa estava em 7,5%. Constitui-se assim um verdadeiro
dumping capitaneado pelo próprio Estado ao seu próprio orçamento. Trata-se de
uma questão de ordem pública que vai na contramão dos anseios de milhares de
brasileiros que foram às ruas no mês de junho.
O estrago que a continuidade desta ação proporciona ao futuro do país não é menor. Incertezas sobre o nosso futuro se refletirão sob a forma de mais timidez por parte de empresários nacionais para tocar adiante novos investimentos. O país deixa de crescer e se incapacita para responder profundos desafios internos e externos.
A macroeconomia do antidesenvolvimento proscreve qualquer tentativa de planificação de médio e longo prazo. Na ponta do processo a manutenção de uma taxa de investimentos da ordem de 18% do PIB apenas serve para que o “fantasma” da inflação continue a “assombrar” o país no médio e longo prazo: sem expansão da oferta, é impossível criar condições para um desenvolvimento sem pressões inflacionárias. Sem expansão da oferta estão garantidos os interesses do capital financeiro em detrimento dos trabalhadores e do capital produtivo.
O problema é financeiro, orçamentário, estratégico e, sobretudo, político.
O estrago que a continuidade desta ação proporciona ao futuro do país não é menor. Incertezas sobre o nosso futuro se refletirão sob a forma de mais timidez por parte de empresários nacionais para tocar adiante novos investimentos. O país deixa de crescer e se incapacita para responder profundos desafios internos e externos.
A macroeconomia do antidesenvolvimento proscreve qualquer tentativa de planificação de médio e longo prazo. Na ponta do processo a manutenção de uma taxa de investimentos da ordem de 18% do PIB apenas serve para que o “fantasma” da inflação continue a “assombrar” o país no médio e longo prazo: sem expansão da oferta, é impossível criar condições para um desenvolvimento sem pressões inflacionárias. Sem expansão da oferta estão garantidos os interesses do capital financeiro em detrimento dos trabalhadores e do capital produtivo.
O problema é financeiro, orçamentário, estratégico e, sobretudo, político.
*Renato Rabelo é presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
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