As múltiplas faces da luz
Ao longo da história, esse fenômeno da natureza foi
interpretado de diversas formas. Artigo da CH mostra a evolução dos conceitos
usados para explicar a luz, que hoje assume caráter dual.
Thaís Cyrino de Mello Forato, na Ciência Hoje
Foto: Aram
Vartian
. O pensamento filosófico ocidental surgiu na Grécia, por volta do século 6 a.C. Nesse contexto, as primeiras teorias filosóficas para explicar a luz variavam segundo as escolas de pensamento, formadas por pensadores que compartilhavam visões semelhantes sobre o funcionamento do mundo.
. O filósofo Leucipo de Mileto (c. 500 a.C.) acreditava que os objetos emitiam pequenas partículas – como se fossem películas que se desprendiam de sua superfície – que chegavam a nossos olhos, ocasionando a visão. Essas películas – denominadas eidola (plural de eidolun) – carregavam informações, como a cor e a forma dos objetos. A luz, portanto, seria essa emanação material, transmitida dos objetos visíveis para o olho do observador, e a sensação visual seria causada pelo contato direto das eidola com o órgão dos sentidos.
. Leucipo era adepto do atomismo e foi um dos representantes mais conhecidos dessa escola de pensamento, como Demócrito (c. 460-370 a.C.), Epicuro (c. 341-270 a.C.) e Lucrécio (c. 98-55 a.C.). Sua explicação para a luz estava vinculada à sua concepção de funcionamento do universo: o mundo era formado por átomos (minúsculas partículas eternas e indivisíveis), que se movimentavam no espaço vazio em todas as direções e se combinavam ‘ao acaso’, formando toda a matéria conhecida.
A teoria atomista deixava questões sem resposta: como as eidola passam umas pelas outras sem se chocarem ou interagirem? Se eram formadas por átomos, por que não se combinavam formando uma imagem confusa? Como as eidola de uma montanha encolhem suficientemente para caber nos olhos? Por que os objetos distantes parecem menores?
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