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Sidnei: apenas um trapalhão entre muitos
Luciano Siqueira 
instagram.com/lucianosiqueira65  

Divulgam-se à exaustão detalhes da atabaolhada tentativa de fuga, via Paraguai, do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal no governo Bolsonaro, Sidnei Vasques.

Um plano tresloucado, mais para comédia do que para trama policial.

Qualquer "soldado raso" do crime organizado faria muito melhor. E a essa altura já estaria longe e praticamente inalcançável. 

Sidnei comandou corporação muito importante, justamente a Polícia encarregada da fiscalização das rodovias federais de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, reprimir o tráfico de drogas, armas, contrabando e roubo de cargas e capturar de foragidos da Justiça; prevenir acidentes, além de cooperar com outras instituições, como a Polícia Federal (PF), Receita Federal, IBAMA, MPT (Ministério Público do Trabalho) em diversas operações. 

Deduz-se que ocupante de função desse nível seja intelectual e tecnicamente habilitado. 

Entretanto, Sidnei - que integrou a corja golpista liderada por Jair Bolsonaro e já está condenado a 24 anos e 6 meses de prisão - não passa de um trapalhão. 

Sim, ele comprova pelos seus próprios atos tratar-se de mais um quadro desqualificado da equipe do ex-presidente. 

Mas um outro dado importa mencionar: o bolsonarismo, ou o que ainda resta dele, segue envolto em crescente queda de popularidade, contradições e disputas internas e ausência de liderança. 

Tanto que foi incapaz de urdir um plano de fuga mínimamente viável para o ex- ocupante do comando de instituição tão importante como a PRF. 

Certamente mais trapalhadas virão. Onde todos brigam e ninguém tem razão nem competência, tudo pode acontecer.

Ilustração: Fraga

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