Mau explicado e
embaraçoso
Luciano Siqueira
Por mais que o próprio presidente da
República procure se livrar do problema com uma afirmação simplória — a compra
não se consumou, logo não houve corrupção — o caso da vacina indiana segue mau
explicado e embaraçoso.
Agora sabe-se que a farmacêutica
produtora da Covaxin rompeu o contrato com a suspeita empresa brasileira
Precisa Medicamentos, como forma de se afastar das nebulosas tratativas de
intermediação junto ao Ministério da Saúde.
O contrato de compra da vacina orçava
1,6 bilhão de reais, embutindo clamoroso sobrepreço, correspondente a vultosa
propina que seria repartida entre espertos negociadores do próprio ministério.
Mas até agora o Ministério da Saúde tão
somente havia suspendido temporariamente a negociação.
Entretanto, quando a farmacêutica
indiana rompeu com a intermediária brasileira, de pronto o ministro da
saúde, Marcelo Queiroga, suspendeu definitivamente a pretendida
compra.
Certamente a CPI da Covid irá mais
fundo no exame da farta documentação comprometedora exame com suas equipes de
apoio técnico. Toda a verdade virá à tona.
Mas quer que seja os termos das
conclusões da CPI, o que fica escancarado é o caráter corrupto e irresponsável
da negociação, comitantemente com o atraso deliberado da aquisição de vacinas
ofertadas por outras farmacêuticas.
O selo genocida gruda no governo
Bolsonaro de maneira cada vez mais inapelável.
.
Tema
político, veja: Quem avisa que vai melar o jogo com tanta antecedência bom
sujeito não é https://bit.ly/2TUCwlA
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